"O Desportivo das Aves - Futebol SAD vem comunicar que José Mota deixou o cargo de treinador principal da equipa profissional de futebol", refere o clube num comunicado, indicando que se trata de uma "rescisão amigável do contrato".
Na mesma nota, o clube destaca José Mota como "uma figura incontornável da história" do Aves, recordando os "feitos históricos" da "manutenção inédita na I Liga e a incrível conquista da Taça de Portugal", além da subida de divisão, mas não especifica as razões da sua saída.
José Mota ingressou no Aves a 18 de fevereiro de 2017, para substituir Ivo Vieira, alcançando no final dessa época de 2016/17 a subida ao escalão principal, atrás do campeão Portimonense.
Voltaria ao clube em janeiro de 2018, depois das passagens menos conseguidas de Ricardo Soares e de Lito Vidigal pelo comando técnico da equipa, para tentar salvar o clube da descida à II Liga, o que viria a conseguir no final de uma época histórica, que terminou com a inesperada conquista da Taça de Portugal, após a vitória por 2-1 frente ao Sporting.
O experiente técnico, de 54 anos, iniciou a atual temporada no Aves, mas os resultados estão longe de corresponder às ambições do clube: no final da primeira volta do campeonato, o Aves ocupa o último lugar da I Liga, com 12 pontos, a quatro do Boavista, a primeira equipa acima da zona de despromoção.
O clube também já foi eliminado das taças da Liga e de Portugal e, nos últimos tempos, perdeu três elementos importantes do plantel, dois deles habituais titulares: El Adoua e Nildo Petrolina, a que se juntou na terça-feira Hamdou, sem que essas ausências até ao momento tenham sido compensadas. Aliás, de momento, o clube está impedido de inscrever novos jogadores.
No domingo, o Aves recebe o Vitória de Setúbal, no arranque da segunda volta.
Com a saída de José Mota, o Desportivo das Aves foi o sexto clube a mudar de treinador na I Liga 2018/19, repetindo o que já sucedera com o Sporting, Marítimo, Desportivo de Chaves, Rio Ave e Benfica.
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