Coimbra
Miúdos e graúdos juntaram-se, ao final da tarde, na Praça da República, local habitual deste tipo de festejos, para assistirem à vitória por 3-0 frente ao Santa Clara, para a 34.ª e última jornada da I Liga, que valeu a conquista do troféu que fugia há três anos.
Ainda antes do apito final, os adeptos ‘encarnados’ começaram a festejar com cânticos, lançando tochas e petardos.
Aos festejos juntaram-se as buzinadelas dos automóveis que circundavam a Praça da República, os bombos e o fogo preso, perante o olhar atento do dispositivo da Polícia de Segurança Pública (PSP) presente no local.
Entre a multidão, a agência Lusa encontrou o piloto de automóveis Filipe Albuquerque, que trouxe para as comemorações as filhas, de sete e quatro anos, e os sobrinhos de 10 e oito anos.
“Estou aqui pelo espírito, mas também sou da Académica. Quem puxou muito foram os meus sobrinhos que jogam futebol. Estamos num programa de família”, disse o piloto conimbricense do Campeonato Norte-americano de Resistência, salientando que o Benfica é o clube por quem torce.
Acompanhado da mulher e dos dois filhos, Filipe Couceiro, de 45 anos, de Penacova, considerou que a conquista deste título vai ser mais festejada depois do jejum de três anos.
“Fui sempre acreditando, mesmo na fase mais tremida”, sublinhou.
Marlene Oliveira, de Mira, acreditou desde cedo na vitória do Benfica e decidiu vir vestida a rigor para festejar com os seus três filhos de 17, oito e cinco anos.
O ex-estudante universitário em Coimbra, Francisco Roseiro, trouxe dois amigos de Leiria para assistir à vitória e afirmou que vai prolongar os festejos na noite da Queima das Fitas de Coimbra, na Praça da Canção.
“Vamos aproveitar que o Benfica é campeão para festejar hoje, amanhã e na próxima semana”, frisou sorridente.
A celebração benfiquista foi também aproveitada por Filipa Dinis, de Coimbra, para assinalar a sua despedida de solteira com as quatro damas de honor que saltavam e pulavam de alegria.
“Juntar a despedia de solteira e o Benfica ser campeão foi simplesmente fantástico. Juntaram-se duas festas numa só”, enfatizou a nubente, que quis tornar a sua festa memorável.
De cachecol ao pescoço e de telemóvel na mão a registar o momento, João Leandro, de 15 anos, veio com o seu pai e o seu irmão, de 10 anos, até à Praça para ver o jogo e vivenciar um “ambiente muito fixe”.
“Estar em Lisboa é sempre uma coisa diferente, mas estar em Coimbra também é uma emoção muito boa”, frisou.
Às 21:30 a festa mobilizava ainda centena de pessoas, com muito ruído, bandeiras içadas e lançamento de foguetes.
Évora
Um ‘mar de gente’ em euforia transformou hoje uma das entradas do centro histórico de Évora no palco dos festejos do 38.º título de campeão português de futebol do Benfica na cidade alentejana.
Com o apito final do Benfica - Santa Clara, no Estádio da Luz, em Lisboa, que os “encarnados” venceram por 3-0, caravanas automóveis começaram a circular por Évora, com os adeptos a buzinarem repetidamente e alguns com cachecóis e bandeiras.
Na Praça do Giraldo, considerada a ‘sala de visitas’ da cidade alentejana, ainda se formaram alguns grupos de benfiquistas em festejos, mas o centro das comemorações foi nas Portas do Raimundo, uma das entradas do centro histórico.
Os adeptos posicionaram-se nos passeios e também no interior da rotunda que existe nesta praça e celebraram com cânticos, petardos e tochas encarnadas, enquanto carros e motas das caravanas automóveis paravam para festejos.
Acompanhado pela mulher, José Godinho foi “espreitar as comemorações do título do clube da Luz e, ainda que menos efusivo que a maioria dos adeptos presentes, mostrou-se feliz com a conquista dos “encarnados”.
“O Benfica já merecia há quatro ou cinco jornadas atrás” ter-se sagrado campeão, “porque este sempre no primeiro lugar, mas, na última, jornada sabe melhor”, afirmou à agência Lusa José Godinho.
Envergando a camisola do Benfica, a cabo-verdiana Marilda Oliveira, enquanto faz um direto para as redes sociais, diz à Lusa que quer mostrar a festa na cidade alentejana aos familiares que são “todos benfiquistas”.
“Em Cabo Verde, festeja-se como aqui”, conta esta benfiquista da ilha cabo-verdiana de São Vicente, que agora está a trabalhar em Évora, realçando que é a primeira vez que festeja em Portugal uma conquista dos “encarnados”.
Quanto à conquista do título de campeão português de futebol pelo Benfica, Marilda Oliveira considera que “foi justo, porque foi o mais forte este anos”, mas também “foi doloroso”, pois “foi só conseguiu na última jornada”.
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