O diplomata ganês Kofi Annan, 80 anos, foi o sétimo secretário geral das Nações Unidas e morreu hoje em Berna, conforme anúncio da fundação que ele mesmo instituiu.
Em comunicado, o Ministério dos Negócios Estrangeiros começa por dizer que o Governo tomou conhecimento “com profundo pesar” da morte de Kofi Annan, e diz que Portugal o relembrará “como um importante” secretário-geral das Nações Unidas que exerceu o seu mandato “num período de grandes transformações na ordem política internacional”.
O Governo diz também que Kofi Annan foi um “infatigável defensor de causas”, que nortearam a sua ação enquanto diplomata do Gana e como funcionário da ONU, “onde se distinguiu no desempenho de altos cargos”.
“A luta pelo desenvolvimento, o combate ao HIV, à malária e à tuberculose, que o levaram a ser distinguido com o Prémio Nobel da paz em 2001, foram algumas das suas principais ações enquanto Secretário-Geral das Nações Unidas”, diz-se no comunicado.
O Governo acrescenta que Portugal recorda “muito especialmente a ação determinada e decisiva” de Kofi Annan na defesa da autodeterminação de Timor-Leste.
Kofi Annan criou, em 2001, o Fundo Global de Luta contra a SIDA, Tuberculose e Malária, uma parceria público-privada internacional, para apoiar os países em desenvolvimento.
Assumiu em 1962 a direção de Orçamento da Organização Mundial da Saúde, e regressou às Nações Unidas no final da década de 1980, como secretário-geral adjunto.
Foi secretário-geral da ONU entre 01 de janeiro de 1997 e 1 de janeiro de 2007.
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