Citado na página da LPFP na Internet, o presidente da Liga, Pedro Proença, afirmou que esta decidiu aderir “por convicção” à iniciativa da APAF.
“Trata-se de uma campanha à qual nos associamos por convicção, pois toda e qualquer violência – não só a física – deve ser erradicada do futebol. É de louvar que a arbitragem exija das autoridades os níveis de segurança que o futebol profissional tem implementado, nomeadamente a sua obrigatoriedade nos recintos onde atuam”, sustentou o dirigente.
Para Pedro Proença, o policiamento já obrigatório nos jogos de futebol profissionais deve abranger também as competições “amadoras e de formação”.
A campanha da APAF, denominada “Respect the Referees”, apela ao respeito pelo exercício de funções dos árbitros e à obrigatoriedade do policiamento em todos os jogos de futebol.
No âmbito desta iniciativa, as equipas de arbitragem entrarão em campo nos jogos da próxima jornada da I Liga e da II Liga, entre 06 e 10 de abril, envergando t-shirts com a mensagem: “Respeito pelos árbitros – Policiamento obrigatório já!”
“Também previamente ao início de cada um dos encontros, as equipas que se defrontam irão reunir-se na zona central do terreno de jogo para se mostrarem solidárias com os árbitros”, indica ainda a APAF.
“De uma vez por todas, é importante que os adeptos, os agentes desportivos e as instituições percebam que os árbitros devem ser respeitados. São já excessivos os exemplos de atos de violência contra as equipas de arbitragem. A exigência de respeito tem que ser acompanhada por medidas extraordinárias, que permitam a estes agentes desportivos cumprir a sua missão”, comentou o presidente da APAF.
Para Luciano Gonçalves, o policiamento obrigatório tornou-se “uma necessidade” em “todos os recintos”, não apenas aqueles onde atuam equipas profissionais.
No domingo, José Rodrigues, árbitro do jogo Rio Tinto-Canelas, da Divisão de Elite da Associação de Futebol do Porto, foi agredido por Marco Gonçalves, jogador da equipa visitante e membro dos Superdragões, claque do FC Porto.
O jogador em causa atingiu o árbitro com uma joelhada na cara aos dois minutos de jogo, na sequência do cartão vermelho direto que o juiz lhe exibiu por ter agredido um adversário.
Dois dias depois, a FPF anunciou a implementação de um plano nacional de segurança adicional para as equipas de arbitragem das suas competições.
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