Num documento assinado pela Liga e pelas 18 sociedades desportivas que compõem o primeiro escalão do futebol nacional, pode ler-se que os clubes estão “inconformados com o tratamento dedicado aos seus adeptos, que têm sido constrangidos a assistir apenas a parte de um espetáculo para que pagaram bilhete inteiro, taxado pelo escalão máximo de IVA”.
Por essa razão, instaram hoje o ministro da Administração Interna, Eduardo Cabrita, bem como o diretor nacional da PSP, Luís Farinha, e o comandante-geral da GNR, Luís Francisco Botelho Miguel, “para que ordenem a adoção de comportamentos que assegurem o tratamento condigno dos adeptos”.
Segundo o comunicado, esta é um “primeiro e moderado passo conjunto das sociedades desportivas” na defesa dos seus interesses e dos adeptos, “não ficando excluída a possibilidade de uma intervenção mais assertiva” se se mantiver “o atual desrespeito pelos direitos dos adeptos”.
LPFP e clubes apontam para o “assinalável esforço financeiro dos adeptos” e dos promotores dos jogos, destacando a disponibilidade das forças de segurança para apoiarem a segurança dos mesmos.
Por outro lado, o policiamento público pago pelos agentes do futebol profissional leva-os a terem “o mesmo direito e a mesma legítima expetativa da prestação de serviços públicos”, pelo que consideram que os adeptos não devem perder direitos nem vê-los “limitados”.
Ainda assim, consideram que “é o que vem sucedendo de forma recorrente, com o condicionamento injustificado do acesso atempado dos adeptos aos recintos desportivos”.
Após a vitória por 3-0 em casa do Tondela, o FC Porto queixou-se dos atrasos que os adeptos dos ‘dragões’ têm enfrentado nas deslocações fora do Estádio do Dragão.
Em janeiro, o presidente do Sporting, Frederico Varandas, só entrou na tribuna do Estádio do Bonfim, para uma visita ao Vitória de Setúbal (1-1), 10 minutos depois do início do jogo, tendo prometido que só o faria após o último adepto ‘leonino’ ter ido para as bancadas.
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