No Théâtre du Châtelet, em Paris, o futebolista argentino, de 36 anos, vai, assim, alargar o fosso que o separa de toda a concorrência, ficando nomeadamente com mais três troféus do que o português Cristiano Ronaldo, o segundo do ranking, com cinco.
As exibições que fez no Qatar2022, em que foi eleito o melhor jogador, depois de contribuir com sete golos e três assistências para o título da Argentina, justificam, por si só, a escolha da revista francesa France Football.
No total da época 2022/23, Messi somou 38 golos e 26 assistências, conquistando, além do título mundial, o campeonato francês e a Supertaça gaulesa, pelo Paris Saint-Germain, que, entretanto, trocou pelos norte-americanos do Inter Miami.
Tudo indica – das ‘odds’ a alegadas fugas de informação relatadas por jornais e especialistas – que o jogador natural de Rosário vai, assim, repetir os feitos de 2009, 2010, 2011, 2012, 2015, 2019 e 2021, e suceder a Karim Benzema.
O francês beneficiou da alteração das regras da Bola de Ouro, que na última edição foi pela primeira vez entregue ao melhor jogador da época (2021/22) e não do ano civil, o que excluiu o Mundial2022, ao contrário do que aconteceu com o prémio da FIFA.
Por isso, o argentino já conta oito eleições como melhor do ano pelo organismo que superintende o futebol mundial, a última anunciada em 27 de fevereiro, também em Paris, e numa altura em que ainda atuava na ‘cidade luz’.
Nessa votação, Messi somou 52 pontos, contra 44 do francês Kylian Mbappé e 34 de Karim Benzema, sendo que, na Bola de Ouro, deverá ser secundado pelo avançado norueguês Erling Haaland.
Haaland foi a grande figura do Manchester City em 2022/23, ao somar 52 golos em 53 jogos, contribuindo decisivamente para as vitórias na Liga dos Campeões, na Premier League e na Taça de Inglaterra, o primeiro ‘treble’ da história dos ‘citizens’.
A ausência do Mundial2022, com a Noruega, que também não conseguiu colocar no Euro2024, complicou as ‘contas’ do jovem norueguês, de 23 anos, que não ‘aparece’ igualmente nos jogos mais importantes, nomeadamente na final da ‘Champions’, ainda que finalizando a época com 56 tentos, em 57 embates.
O central Rúben Dias e o médio Bernardo Silva, também peças chave na grande época do City, disputam, por seu lado, o título de melhor português, na ausência de Ronaldo, que não entrou no lote dos 30 nomeados para a Bola de Ouro de 2022/23.
No que respeita aos outros prémios que serão entregues na cerimónia, é um ‘dado adquirido’ que será a espanhola Aitana Bonmatí a vencer o troféu feminino, sucedendo à sua compatriota e companheira de equipa Alexia Putellas, vencedora em 2021 e 2022.
Como Messi, no masculino, a jogadora do FC Barcelona foi a grande figura do último Mundial feminino, sendo coroada a melhor jogadora, depois de conduzir a Espanha ao cetro, já após ter levado os catalães ao triunfo na ‘Champions’.
Em Paris, será ainda eleito o melhor jovem, com o inglês Jude Bellingham, pelo que fez no Borussia Dortmund em 2022/23, como favorito, numa lista ao Troféu Kopa na qual está, entre 10 eleitos, o central luso António Silva, do Benfica.
Quanto ao troféu Lev Yashin, para o melhor guarda-redes, deverá ser entregue ao argentino Emiliano Martínez, que alinha no Aston Villa e foi decisivo no título mundial dos ‘albi celestes’.
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