Pela primeira vez na história dos Jogos Olímpicos, a pista será roxa. E em Paris acreditam que um novo rei da velocidade chegou à cidade, conta o The Guardian.

Um dos poucos atletas a pisar a pista até agora é Alain Blondel, diretor de atletismo de Paris 2024 e antigo campeão europeu de decatlo. “É ainda melhor do que esperávamos”, diz. “O feedback geral é: 'Uau'. Que está ótimo. Que é espetacular”.

Contudo, a verdade é que a pista ainda não foi muito experimentada — para manter tudo no melhor estado possível para as provas. “Parece uma joia em que não se deve tocar muito”, lembra. “Mas a primeira sensação que tive ao percorrê-la foi a de que adoraria voltar a usar pitons e correr nela. A sensação que se tem quando se entra na pista é que é leve, brilhante, e há um desejo de correr depressa", aponta ainda.

A pista roxa é fabricada pela Mondo, fabricante italiano que tem sido responsável por todas as pistas olímpicas desde 1976. E ao longo dos anos o piso vai sendo melhorado e adaptado, para que possa ser sempre a pista mais rápida da história.

“Estamos a concentrar-nos na ligação dinâmica entre a pista e uma nova geração de sapatilhas”, afirma Alessandro Piceli, diretor de investigação e desenvolvimento da Mondo.

E também a pensar nos paralímpicos. “Uma vez que é feita de borracha, existe uma boa interação entre a pista e as cadeiras de rodas que garante uma boa aderência e resistência”.

“Da pista só vemos a estética, mas há um grande trabalho que é feito na camada inferior". E, por isso, há "químicos, engenheiros e físicos que se ocupam do desempenho do material".

De realçar que este elevado desempenho não é barato. Estima-se que a pista tenha custado entre 2 e 3 milhões de euros — mas o dinheiro há de compensar quando surgirem os primeiros campeões.