A Copa América está marcada para começar no Brasil no domingo.
“Somos contra a organização da Copa América, mas nunca diremos não à Seleção Brasileira", lê-se no comunicado, endereçado “aos mais de 200 milhões de torcedores” brasileiros.
“Somos um grupo coeso, porém com ideias distintas. Por diversas razões, sejam elas humanitárias ou de cunho profissional, estamos insatisfeitos com a condução da Copa América pela Conmebol, fosse ela sediada tardiamente no Chile ou mesmo no Brasil”, explicam os atletas da 'canarinha'.
“Todos os factos recentes nos levam a acreditar num processo inadequado”, frisaram os jogadores.
Ainda assim, os jogadores lembram que são trabalhadores e profissionais de futebol e que têm “uma missão a cumprir com a histórica camisa verde-amarela pentacampeã do mundo”.
“Somos contra a organização da Copa América, mas nunca diremos não à Seleção Brasileira", concluíram.
A próxima edição da Copa América seria organizada de forma conjunta pela Argentina e pela Colômbia, mas os dois países, por diversas razões, desistiram de organizar o torneio, pelo que a Confederação Sul-Americana de Futebol (Conmebol) confiou então a missão ao Brasil, embora seja um dos países mais afetados pela pandemia em todo o mundo.
O Governo do Brasil, presidido por Jair Bolsonaro, apoiou essa decisão, que gerou uma onda de críticas de toda a oposição de esquerda e até de direita, e de especialistas em saúde pública que alertam para o risco que representa.
Organizações científicas também alertaram que o Brasil está à beira de uma nova vaga da pandemia, quando ainda apresenta elevadas taxas de mortalidade, sendo que nas últimas duas semanas registou uma média de mais de 1.600 óbitos por dia.
Porém, o ministro da Saúde do Brasil, Marcelo Queiroga, afirmou na terça-feira que a celebração da Copa América não acarreta "riscos" para a população, já que os protocolos de saúde que vêm sendo desenvolvidos para o evento "são seguros".
“O risco para a população é o mesmo, com ou sem Copa”, porque as 650 pessoas que se estima que integrem as delegações, entre futebolistas, técnicos e pessoal de apoio, “estarão isoladas” nos seus hotéis e só sairão em autocarros "controlados" para treinar e deslocarem-se aos estádios onde serão disputados os jogos, afirmou o governante.
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