Caity Simmers e John John Florence conquistaram os títulos mundiais de surf.
Na Lexus WSL Finals, em Lower Trestles, Califórnia, prova de um só dia que decide os campeões do Championship Tour 2024, circuito de elite da Liga Mundial de Surf, John John Florence soma o terceiro título mundial (2016, 2017 e 2024). Caity Simmers, 18 anos, conquista o primeiro título do CT, sendo a mais nova surfista a vencer o troféu e a primeira californiana desde 1990.
No evento final do Championship Tour reservado aos melhores 10 surfistas do circuito após as 10 etapas do CT, cinco femininas e cinco masculinos, Florence e Simmers entraram como número do ranking e saíram coroados campeões.
Num ano em que somou três segundos lugares e uma vitória, em El Salvador, JJ Florence (15,50 pts e 18,13 pts), na final (decidida à melhor de três heats) venceu Ítalo Ferreira (15,33 pts e 16,30 pts), em duas baterias e em que bastaram seis ondas, duas no primeiro heat. O brasileiro, 5.º do ranking, afastou Ethan Ewing, Jack Robinson e Griffin Colapinto.
Na primeira WSL Finals da carreira, recupera um título seis anos depois, “rouba” o domínio à “tempestade brasileira” (Gabriel Medina, Ítalo Ferreira e Felipe Toledo venceram nos últimos seis anos) e junta-se à galeria de tricampeões mundiais (2016, 2017 e 2024) onde estão Gabriel Medina, Tom Curren, Andy Irons e Mick Fanning.
“Os últimos sete anos foram duros”, disse, emocionado, o havaiano de 31 anos que tem sido assolado por lesões (desde 2018). “A minha mulher, família, filho, equipa, não teria conseguido sem eles. As lesões, os dias maus, muito desapareceu para chegar aqui”, sublinhou, JJ Florence, surfista que esteve em dois Jogos Olímpicos, Tóquio 2020 e Paris 2024.
O título da menina sardenta que se estreou a vencer em Peniche
Em apenas nove meses, Caity Simmers qualificou-se para os Jogos Olímpicos Paris 2024 e sagrou-se campeã mundial de surf. É a surfista mais nova de sempre a conseguir o título, retirando essa prerrogativa a Carissa Moore, que aos 18 anos, 10 meses e 18 dias tinha sido campeã mundial da ASP (antecedeu a WSL), em 2011.
Simmers, rookie do ano 2023, que venceu pela primeira vez no CT no MEO Rip Curl Portugal Pro, em Supertubos, Peniche, a cumprir o segundo ano no Circuito Mundial de Surf, bateu Caroline Marks, medalha de ouro olímpica em Paris, vencedora das WSL Finals em 2023, número dois do ranking que chegou à decisão final após eliminar a brasileira Tatiana Weston-Webb, numa reedição da final olímpica.
Nas baterias do título (35 minutos de duração cada), o título mundial ficou resolvido na “negra”, algo que aconteceu pela primeira vez neste formato no quadro feminino. Marks venceu o primeiro heat (17,33 pts) no qual fez uma onda de 9,60 pontos, a mais alta pontuação feminina numa WSL Finals, Simmers triunfou no segundo com uma nota de excelência, 18,37 pontos (9,17+9,20), o mais alto score deste formato de finais da Liga Mundial de Surf, e terceiro (15,16 pts).
“Significa tanto”, exclamou a norte-americana que esta temporada venceu em Pipe, Bells Beachs e Rio de Janeiro. “Nem acredito”, atirou em entrevista à WSL a surfista de baixa estatura (158 cm) caracterizada pelo número infindável de sardas que lhe cobrem o rosto.
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