O projeto designa-se Coração de Azovstal e pretende ajudar os soldados que constituíram a última bolsa de resistência de Mariupol naquelas instalações metalúrgicas, na guerra contra a Rússia, bem como os seus familiares.
“O dinheiro será utilizado para cobrir várias necessidades, em especial assistência médica, com destaque para a atribuição de próteses e ajuda psicológica”, explicou Rinat Akmetov, assinalando que a bravura daqueles soldados ucranianos “não tem paralelo na história recente”.
Sem referir que a verba será retirada do valor da transferência de Mudryk para o Chelsea, que pode atingir 100 milhões de euros, o presidente do Shakhtar Donetsk associou as duas operações, ao divulgar um comunicado conjunto no qual aborda também a saída do avançado.
Akmetov manifestou satisfação e orgulho por ver Mudryk rumar à Liga inglesa, “o melhor campeonato do mundo”, mas lamentou não ter capacidade para manter no clube um dos mais promissores jogadores ucranianos, situação que se agravou com a guerra.
“Infelizmente, isso agora é impossível, uma vez que a Ucrânia está a lutar uma guerra horrenda e injusta que foi lançada contra si pela Federação Russa. Mas acredito que vamos ganhá-la e que disputaremos um jogo particular com o Chelsea na Arena Donbass, num Donetsk ucraniano”, assinalou.
O Chelsea anunciou no domingo que o avançado internacional ucraniano, de 22 anos, vai representar o clube londrino nos próximos oito anos e meio, após ter sido contratado ao Shakhtar Donetsk.
Em declarações reproduzidas pelo Chelsea, Mudryk fala num “projeto muito aliciante” para esta fase da carreira, após ter competido apenas na Ucrânia.
"Estou muito feliz por assinar pelo Chelsea. Este é um grande clube, num campeonato fantástico e é um projeto muito aliciante para mim nesta fase da minha carreira. Estou animado para conhecer os meus novos companheiros de equipa e ansioso para trabalhar e aprender com [o treinador] Graham Potter e a sua equipa”, manifestou.
No Chelsea, Mykhailo Mudryk, internacional pelo seu país em oito ocasiões, vai partilhar o balneário com o português João Félix, emprestado pelo Atlético de Madrid até ao final da temporada.
Na presente época, o jovem ucraniano assinou 10 golos e oito assistências em 18 jogos oficiais pelo Shakhtar Donetsk.
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