“O BE quer discutir em que circunstâncias é que a venda da Triumph, uma fábrica que até recebeu benefícios fiscais no passado, à Gramax configurou uma falência fraudulenta […] e de que forma é que o Estado e o Governo podem proteger os trabalhadores durante o processo de insolvência, garantindo que os seus direitos são respeitados”, disse à Lusa a deputada do BE Mariana Mortágua.
Conforme indica a deputada, o BE pretende ainda “dar visibilidade” à luta dos trabalhadores e procurar respostas a nível institucional, de modo a agilizar o processo de insolvência e encontrar soluções para os postos de trabalho em causa.
Na segunda-feira o ministro do Trabalho, Solidariedade e Segurança Social, Vieira da Silva, afirmou que o Governo continua a trabalhar para assegurar uma alternativa de investimento para a antiga fábrica da Triumph.
Mariana Mortágua garante que o partido ainda não tem conhecimento de “nenhuma diligência a esse respeito”, sublinhando que até que isso aconteça os direitos dos trabalhadores têm que ser protegidos.
“As trabalhadoras da Triumph, penso, fizeram o correto e, desde o dia 05 de janeiro, estão a dar uma enorme lição a todo o país, ao proteger o seu posto de trabalho e proteger aquilo que é seu e que foi construído com o seu trabalho. Estão desde o dia 05 à porta da fábrica para impedir que os donos retirem o que há de valor e fizeram-no sem a proteção do Governo, sem uma palavra do Presidente da República, sem que o parlamento se pronunciasse de forma maioritária”, concluiu.
A fábrica da antiga Triumph, situada na freguesia de Sacavém, concelho de Loures, foi adquirida no início de 2017 pela TGI-Gramax e emprega atualmente 463 trabalhadores.
Hoje os trabalhadores da antiga fábrica da Triumph reúnem-se com administrador de insolvência nomeado pelo tribunal.
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