A restauração retomou a sua atividade no dia 18 de maio, sendo que nessa semana (17 a 23 de maio) o setor registou mais 65% de estabelecimentos abertos em relação à semana anterior, indicou a rede de aceitação de cartões de pagamento da Unicre.
Com a abertura dos estabelecimentos (até aí apenas podiam servir para fora), a faturação aumentou 54% entre 17 e 23 de maio face à semana anterior (10 a 16 de maio).
Contudo, o valor faturado nessa semana representou apenas 40% da faturação do período pré-pandemia, o que o diretor da Reduniq, Tiago Oom, atribui ao facto de 30% dos restaurantes e cafés ainda estarem fechados, aos receios da população em frequentar estes estabelecimentos e a praticamente não existirem turistas, que eram importantes clientes do setor.
Também o retalho alimentar tradicional aumentou 19% a sua faturação na semana passada, face à semana anterior, o que Tiago Oom considera que é “um claro reflexo da normalização da vida de bairro”.
Já os hipermercados e supermercados estiveram estáveis na sua faturação nas primeiras três semanas de desconfinamento, segundo a Reduniq, representando a faturação 94% do total registado no período pré-pandemia.
O crescimento do setor da moda foi ainda maior, tendo crescido a faturação 113% entre 17 e 23 de maio face à semana anterior, apesar de ainda não terem reaberto os centros comerciais. Em 23 de maio (sábado) foi atingido o pico de faturação, tendo representado 68% da faturação da primeira semana de março.
Também acompanhando a maior mobilidade da população e das empresas, as gasolineiras têm crescido em faturação e deverá acelerar. Na terceira semana de desconfinamento (17 e 23 de maio), a faturação deste setor cresceu 14% face à semana anterior. Em 23 de maio (sábado) alcançou “pela primeira vez desde o fim do Estado de Emergência cerca de 90% dos níveis faturados no período pré-covid-19”, segundo a Reduniq.
Quanto a outras atividades, refere a Reduniq que os cabeleireiros estão a estabilizar a sua atividade (com 97% do total faturado em relação ao período pré-pandemia), a saúde e as papelarias e tabacarias estão a recuperar (mais 18% e 25%, respetivamente, face à semana de 10 a 16 de maio).
Por outro lado, segundo os dados da Reduniq, a cosmética e as perfumarias demonstram menor capacidade de recuperação, com a faturação a revelar perdas de 80% face ao período anterior à pandemia.
No total, segundo a Reduniq, na terceira semana de desconfinamento (17 a 23 de maio), a faturação total subiu 7,9% e o número total de transações 10,5%, face à semana anterior (10 a 16 de maio).
Ao nível de faturação global, o valor registado na semana de 17 a 23 de maio representou 73% do alcançado na primeira semana de março, o que se deve, segundo Tiago Oom, à “reabertura de mais 5.700 pontos de venda, em parte estabelecimentos de restauração”.
Por distritos, Portalegre foi o primeiro distrito a registar (na semana de 17 a 23 de maio) valores de faturação iguais ao período pré-pandemia, enquanto Lisboa teve quebras de faturação de 38%.
Segundo a Reduniq, as quebras de faturação são mais intensas nos distritos com maior atividade turística, casos de Lisboa, Porto, Faro, Madeira e Açores.
Já os pagamentos por cartões ‘contactless’ já estão acima dos valores pré-pandemia (59% acima do registado na primeira semana de março) e representam já 23% da faturação global dos estabelecimentos com aceitação de pagamentos da Reduniq.
A Reduniq é a rede de aceitação de cartões de pagamento da UNICRE, instituição portuguesa que opera na gestão, emissão e disponibilização de soluções de pagamento.
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