“Poderá haver um impacto mais significativo nos preços se os protestos persistirem durante algum tempo”, disse a porta-voz do FMI, Julie Kozack, em conferência de imprensa, em Washington.
Contudo, uma vez que o setor agrícola na maior parte dos países europeus “é relativamente pequeno” em termos de Produto Interno Bruto (PIB), a instituição espera que um eventual impacto económico “seja pequeno”.
Durante três semanas, agricultores de diversos países europeus, como França, Espanha, Portugal ou Grécia protestaram, entre outras coisas, contra as consequências da burocracia da Política Agrícola Comum (PAC), das exigências ambientais para produzir e dos preços justos na origem.
A principal crítica é o Pacto Verde para a Europa (Green Deal) com o qual a União Europeia (UE) quer alcançar a neutralidade climática em 2050.
A diretora do FMI, Kristalina Georgieva, alertou, no início deste mês, sobre as consequências para as economias se os governos cedessem aos protestos.
De acordo com as últimas perspetivas económicas do FMI, a economia da zona euro irá crescer em média 0,9% (três décimas menos do que o estimado em outubro passado) este ano e 1,7% em 2025 (menos uma décima).
O crescimento dos países que partilham o euro está abaixo do esperado para a economia mundial (3,1% este ano), impulsionada pelos EUA e pela China.
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