A CASAFARI, que através de inteligência artificial e machine learning, analisa milhares de fontes de informação com propriedades disponíveis à venda na Internet,  acaba de divulgar o  ‘Market Report’, relativo a Lisboa, Porto e Faro, e outras grandes cidades portuguesas com dados dos últimos seis meses referents a mais de 5,8 milhões de propriedades únicas.

De acordo com o relatório, no primeiro semestre de 2020, já com o impacto do COVID-19, o preços médio das casas à venda em Portugal aumentou 5% no primeiro semestre.

Em Lisboa, o preço médio de venda dos apartamentos subiu 1,25% desde o início do ano e Belém foi a freguesia que registou a maior subida nos preços de venda, com 6,94%, seguida pelas freguesias do Beato (5,87%) e Parque das Nações (5,30%);

Os concelhos de Lisboa, Cascais e Oeiras foram os concelhos com o preço médio de venda mais elevado, €527,687 euros, €454,687 e 333,857€, respetivamente.

Os concelhos da Amadora (-0,27%), Loures (-1,39%) e Cadaval (-2,07%) foram os únicos que verificaram uma descida do preço médio;

Os concelhos de Santo Tirso (6,08%), Amarante (5,91%) e Póvoa de Varzim (5,19%) foram os que apresentam o maior crescimento.

Lagos, foi o único concelho do distrito de Faro a verificar uma descida (-0,18%).

O distrito mais caro continua a ser liderado por Lisboa (3.549€ por m2), seguido por Faro (2.270 € por m2) e Porto (2.143 € por m2). Já Guarda (658 € por m2), Portalegre (743 € por m2) e Santarém (762 € por m2) mantêm-se como as zonas com valores mais acessíveis.

A maior variação positiva ocorreu em Braga (3,87%) e a negativa ocorreu em Évora (-2,17%).

Preços de arrendamento descem

No que respeita aos preços do arrendamento desde o início do ano, o Porto (-11,10%) verificou a maior variação e Lisboa (-8,18%) a segunda maior no sentido da descida dos preços. Em Faro (-0,55%) verificou-se uma variação menos significativa, inferior a 1%.

A maior variação positiva, no sentido do aumento dos preços, ocorreu em Bragança (15,34%) e a negativa ocorreu em Madeira (-21,42%). De destacar que, no arrendamento, o distrito mais caro, continua a ser Lisboa - 15€ por m2 - , seguido por Porto - 10€ por m2 - e Faro, com 8€ por m2.

A oferta de apartamentos no arrendamento registou um forte aumento, desde o início do ano até o final de junho. A maior variação verificou-se no Porto passando de 1720 para 2986 apartamentos. A oferta em Lisboa (+33,65%) e Faro (+17,32%) foi igualmente significativa.

No segmento de apartamentos para venda, seguindo a tendência verificada na maioria dos distritos, a oferta disponível, desde o início do ano, em Lisboa (5,88%), Porto (6,10%) e Faro (2,83% ) também aumentou.

No segmento de moradias para venda, enquanto Lisboa (3,52%) e Faro (1,61%) registaram um aumento de stock, o Porto (-0,74%) verificou uma ligeira diminuição da oferta, desde o início do ano.

“O mercado imobiliário português tem sido imune à pandemia"

De acordo com Nils Henning, fundador da Casafari, “o mercado imobiliário português tem sido imune à pandemia no que respeita aos preços médios de venda, mostrando sinais de grande estabilidade, com tendência para subir, ao contrário do mercado de arrendamento, cujo preço tem sido bastante afetado pelas alterações estruturais do mercado de arrendamento de curto prazo, bem como pelo impacto noutras áreas económicas do Covid-19. Os dados registados já nos estão a indicar alguns sinais de retoma e o mercado imobiliário português deverá recuperar gradualmente ao longo deste ano”.

No ano passado, a CASAFARI obteve um financiamento de 5 milhões de euros de um grupo de alguns dos maiores investidores da Europa.  O investimento inicial tem o intuito de fazer crescer a equipa, desenvolver mais aplicações e acelerar a expansão para outros mercados europeus. Os investidores que lideraram as rondas foram os fundos de investimento Lakestar e Round Hill Capital.

 

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