Num comunicado hoje divulgado, a Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Económico (OCDE) sublinha que as descidas da inflação entre setembro e outubro foram registadas em 28 países da organização, mas que em contrapartida, a inflação aumentou um ponto percentual ou mais na Grécia, na Chéquia e na Costa Rica.

Em Portugal, a inflação homóloga caiu de 3,6% em setembro para 2,1% em outubro.

As taxas de inflação estiveram próximas de zero na Dinamarca, tornando-se negativas nos Países Baixos e permaneceram negativas na Costa Rica, apesar do aumento registado.

A inflação dos produtos alimentares na OCDE continuou a abrandar rapidamente, atingindo 7,4% em outubro, contra 8,1% em setembro.

A inflação diminuiu em 32 países da OCDE, mas ainda excedeu os 10% na Turquia, Islândia, Colômbia e Reino Unido.

Em Portugal, a inflação homóloga dos produtos alimentares passou de 6,4% em setembro para 4,4% em outubro.

A inflação da energia na OCDE foi negativa em outubro, refere a OCDE, que adianta que esta diminuiu mais acentuadamente em Itália, no Reino Unido e na Irlanda, devido em grande medida ao forte aumento do índice de preços no consumidor para a energia em outubro de 2022 (ou seja, efeito de base). Em Portugal, a inflação da energia baixou para -12,1% em outubro, contra -4,1% em setembro.

A inflação subjacente (inflação menos produtos alimentares e energia) manteve-se globalmente estável em 6,5% em outubro de 2023, tendo caído em Portugal de 4,1% em setembro para 3,5% em outubro.

No G7, a inflação homóloga diminuiu para 3,4% em outubro, face a 4,1% em setembro, um mínimo desde abril de 2021.

A OCDE afirma ainda que a inflação diminuiu em todos os países do G7, exceto no Japão, e que Itália registou a taxa de inflação homóloga mais baixa entre os países do G7, passando de 5,3% em setembro para 1,7% em outubro.

Os produtos não alimentares e não energéticos foram os principais contribuintes para a inflação global na maioria dos países do G7 em outubro.

A inflação dos alimentos e a inflação subjacente mantiveram a tendência descendente, tendo os preços da energia começado a descer novamente em outubro, depois de terem aumentado em setembro.

Na zona euro, a inflação homóloga medida pelo Índice Harmonizado de Preços no Consumidor (IHPC) desceu para 2,9% em outubro, contra 4,3% em setembro, com descidas nos preços dos produtos alimentares, da energia e da inflação subjacente.

Em Portugal, a inflação homóloga medida pelo Índice Harmonizado de Preços no Consumidor (IHPC) desceu de 4,8% em setembro para 3,2% em outubro.

Em novembro, a estimativa provisória do Eurostat aponta para uma nova descida da inflação homóloga para 2,4%, com a inflação subjacente e a inflação da energia a continuarem a descer.

No G20, a inflação homóloga desceu de 6,1% em setembro para 5,7% em outubro, com descidas no Brasil e na Índia, mas com aumentos na Argentina, na África do Sul e na Indonésia.

A OCDE precisa ainda que a inflação voltou a ser ligeiramente negativa na China, depois de ter sido brevemente negativa em junho de 2023 e que se manteve globalmente estável na Arábia Saudita.