“No primeiro trimestre de 2023, as transações de IDE [investimento direto do exterior] totalizaram cerca de 630 milhões de euros. Este valor correspondeu sobretudo a investimento imobiliário realizado por não residentes em Portugal”, refere o BdP numa nota estatística hoje divulgada.
Os investidores residentes em continente europeu foram os que mais contribuíram, somando 350,45 milhões de euros, seguindo-se os da Ásia (188,86 milhões de euros) e América (163,2 milhões de euros).
O banco central acrescenta que as estatísticas permitem identificar o país do investidor final — ou “o país que, em última instância, assume o risco e usufrui dos benefícios de um dado investimento”.
Nesse sentido, o BdP assinala que no final do primeiro trimestre “Espanha era o país de residência dos detentores finais com maiores posições de investimento direto em Portugal”, seguindo-se Portugal, França, Reino Unido e China”.
Em sentido inverso, no que respeita ao investimento direto de Portugal no exterior (IPE), as transações no primeiro trimestre do ano somaram 1.473,26 milhões de euros, destacando-se “o investimento realizado por empresas do setor da eletricidade, gás e água em empresas residentes no continente europeu”.
No primeiro trimestre do ano, os Países Baixos mantiveram o maior ‘stock’ de investimento direto português, de 17.754,96 milhões de euros, que representava 27% do total do IPE, seguindo-se Espanha e Brasil, com 16.722,41 milhões de euros e 3.060,02 milhões de euros, respetivamente.
Quanto aos rendimentos de investimento direto — decorrentes da detenção de capital e dívida –, em 2022 estes foram de 7.651.05 milhões de euros no caso do IDE e de 3.877,23 milhões de euros no caso do IPE. Assim, o saldo de rendimentos associados às operações de investimento direto foi negativo em cerca de 3,8 mil milhões de euros.
“No primeiro trimestre de 2023 os rendimentos de IPE foram superiores aos do período homólogo, em 288 milhões de euros, enquanto os rendimentos de IDE foram superiores aos do período homólogo em apenas 28 milhões de euros”, sublinha o BdP.
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