"O atual ministro da Economia não vai durar muito tempo, na próxima conferência o ministro da Economia já não é este", disse hoje o antigo líder do PSD, na conferência Portugal em Exame, a decorrer em Lisboa.
Na sua análise à proposta do Orçamento do Estado para 2017 (OE2017), Marques Mendes defendeu que o documento devia ser "mais virado para a Economia", referindo que o primeiro-ministro, António Costa, se dedicará mais às empresas.
Nesse contexto, acrescentou, que Caldeira Cabral será substituído no cargo por alguém "mais político".
Para o advogado social-democrata, também a "geringonça", isto é o acordo entre o PS, PCP, Bloco de Esquerda e PEV não vai durar "até ao final da Legislatura",
"O próximo ano vai ser politicamente muito interessante. Este orçamento foi o princípio do fim da geringonça, mas o fim ainda vai levar tempo", lançou na conferência a decorrer no Museu da Carris, organizada pela revista Exame, em parceria com o Banco Popular.
Marques Mendes defende que a proposta do OE2017, "muito mais próxima do PSD do que do PCP e do BE", "veio criar mau ambiente" com os partidos da Esquerda, considerando que "as relações nunca foram brilhantes".
O conselheiro de Estado defendeu que o Governo escolheu agradar a Bruxelas com esta proposta de orçamento, depois de António Costa ter percebido que "o primeiro orçamento custou muito à imagem do Governo".
"Agora fez uma opção. António Costa nunca comprará uma guerra com Bruxelas", acrescentou.
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