Segundo o secretário de Estado francês encarregado do Comércio Externo, Jean Baptiste Lemoyne, "há ainda trabalho para fazer", referindo que "a negociação vai prosseguir a partir de janeiro".
Jean Baptiste Lemoyne fez referência "aos avanços registados", porém sublinhou que "há ainda progressos para fazer sobre normas de saúde" e precisou que o Mercosul apresentou uma proposta revista aos negociadores europeus.
Esta proposta foi enviada aos Estados-membros da União Europeia e inclui "um avanço na IGP (Indicação Geográfica Protegida) e vinhos e bebidas espirituosas", de acordo com Lemoyne.
As conversações para o livre comércio entre UE e Mercosul, mercado comum da América do Sul, foram iniciadas na última década do século passado.
As reticências por parte dos europeus têm residido na abertura de um mercado comum aos produtos agrícolas sul-americanos e ao etanol, enquanto os países da América do Sul temem que a sua indústria não possa competir com produtos manufaturados europeus.
Os argentinos desejavam um acordo em Buenos Aires esta semana, mas Bruxelas não cedeu.
"Os Estados-membros têm a questão na sua agenda. É melhor termos mais tempo para assinar um bom acordo, em vez de acabar com dificuldades de ratificação", disse Jean-Baptiste Lemoyne.
Criado em março de 1991, o Mercosul integra Argentina, Brasil, Paraguai e Uruguai.
A Venezuela está suspensa desde novembro do ano passado e a Bolítiva está no processo de adesão.
O Chile, Colômbia, Equador, Guiana, Peru e Suriname são membros associados.
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