De acordo com uma apresentação a investidores divulgada hoje, o IGCP "está ativamente" a recomprar Obrigações do Tesouro que vencem mais cedo, de modo a aliviar os pagamentos futuros.
Este ano, Portugal tem cerca de 6.000 milhões de euros a chegar à maturidade, mas esse valor cresce para cerca de 9.000 milhões de euros em 2019 e duplica em 2021, ultrapassando os 18.000 milhões de euros.
Juntamente com os reembolsos antecipados ao Fundo Monetário Internacional (FMI), estas operações de recompra de dívida "aliviaram o perfil" de pagamentos, lê-se no documento do IGCP.
De acordo com a agência liderada por Cristina Casalinho, Portugal já reembolsou antecipadamente 23.788 milhões de euros FMI, 83% da totalidade do empréstimo concedido: 8.448 milhões em 2015, 4.496 milhões em 2016, 10.013 milhões em 2017 e 831 milhões de euros já este ano.
As necessidades de financiamento de Portugal alcançam os 18.800 milhões de euros este ano, estando por emitir mais cerca de 11.400 milhões de euros: 9.700 milhões de euros em obrigações e 1.800 milhões de euros junto do retalho.
O IGCP prevê ainda utilizar 2.000 milhões de euros em depósitos este ano e mais 800 milhões em 2019, o que significa que a 'almofada financeira' deverá reduzir-se de 9.800 milhões de euros em 2017 para 7.000 em 2019.
Comentários