Vivemos dias de difamações constantes. De percepções erradas. De informações que circulam e que têm origem, na maioria dos casos, na maldade. Ou até na psicopatia de alguns, porque existem pessoas que estão mesmo desreguladas e que atacam simplesmente pelo gosto de atacar. Talvez por não terem o reconhecimento que considerariam digno. Talvez por serem simplesmente incapazes de ser boas. Uma coisa é certa, a difamação é lixada e provoca um grande amargo de boca, mesmo quando existem espaços públicos de denúncia, de reposição de verdade. Será sempre um Eu disse, Ele/Ela disse, a nossa palavra contra a de outro.

Nas redes sociais, tudo pode descambar em deselegâncias e acusações de uma hostilidade sem fim. Quando não se pretende entrar nesse cano de esgoto, a única hipótese é a Justiça. Quando a Justiça é representada por pessoas que nem conseguem reconhecer a diferença entre inquéritos e acusações, percursos profissionais, obra feita e nada feito, pois estamos tramados, porque advogados e juízes tornam-se altamente questionáveis.

Vivemos dias em que todos têm uma agenda pessoal. Não faz mal ter-se uma agenda, uma estratégia de vida ou de percurso profissional; não faz mal ter uma opinião contrária ou uma crença que não partilhamos; mas faz mal assumir, de forma arrogante, que podemos atacar seja quem for com base em mentiras.

Já o tenho repetido à exaustão e aqui vai outra vez: este mundo tornou-se um caminho tortuoso. Assumir coisas sobre os outros, acusá-los sem provas seja do que for, mentir, deturpar a verdade, gozar com o outro não é prática saudável, tão-pouco inteligente, mas é comum, infelizmente. A única diversão que se pode tirar desta realidade é quando o feitiço se vira contra o feiticeiro. E isso pode não acontecer as vezes suficientes para repor a justiça no mundo. Ainda assim, acontece. E, quando acontece, uma pessoa precisa de se encostar confortavelmente e desfrutar.