01/07 — Ordem para reconfinar

Pedro Soares Botelho
Pedro Soares Botelho

Sabemos de onde viemos — não sabemos para onde estamos a ir. Poderá ser essa fadiga pandémica que anda a tolher o juízo; poderá ser tudo isto um excesso de zelo; poderá ser uma de tantas coisas. Certo é que, mesmo com um ano e meio de pandemia passados, o futuro e a incerteza ainda assustam.

Já temos vacinas, mas ainda assim isolamentos profiláticos; temos alguma segurança, mas ainda assim tantas incertezas.

No primeiro dia de julho, o governo volta a anunciar regras duras para quase meia centena de municípios, incluindo algumas das maiores cidades do país.

Longe andam os dias em que a doença era associada à ignorância dos povos. Hoje, os “culpados” vão saltitando entre os jovens irrequietos (uma mole disforme que ninguém sabem muito bem quem é), os casamenteiros, os festeiros, os sportinguistas e adeptos da seleção nacional.

Algo falha, certamente. Seja a comunicação, seja a prevenção. E falham ora por serem erráticas, ora por serem excessivas — alarmistas? Otimistas?

Não sabemos.

O certo neste momento é: os novos casos de infeção continuam a subir todos os dias, as mortes idem (embora muito menos do que no início do ano, todas as mortes evitáveis devem ser evitadas).

Certas também são as novas medidas, que incluem "o cerco" à área metropolitana de Lisboa (aos fins de semana) e o recolher obrigatório em 45 concelhos de Norte a Sul (durante a noite).

Dissecando o comunicado do conselho de ministros desta quinta-feira, as regras foram implementadas "de forma a conter o aumento de incidência que se tem verificado". Por isso, "prevê-se nos concelhos de risco elevado e muito elevado que os cidadãos se devem abster de circular em espaços e vias públicas e permanecer no respetivo domicílio no período compreendido entre as 23h00 e as 05h00".

São eles Alcochete, Alenquer, Arruda dos Vinhos, Avis, Braga, Castelo de Vide, Faro, Grândola, Lagoa, Lagos, Montijo, Odemira, Palmela, Paredes de Coura, Portimão, Porto, Rio Maior, Santarém, São Brás de Alportel, Sardoal, Setúbal, Silves, Sines, Sousel, Torres Vedras e Vila Franca de Xira (risco elevado) e Albufeira, Almada, Amadora, Barreiro, Cascais, Constância, Lisboa, Loulé, Loures, Mafra, Mira, Moita, Odivelas, Oeiras, Olhão, Seixal, Sesimbra, Sintra e Sobral de Monte Agraço (risco muito elevado).

Para além disto, "mantém-se a proibição de circulação de e para a Área Metropolitana de Lisboa ao fim de semana, entre as 15:00h do dia 2 de julho e as 06:00h do dia 5 de julho, sem prejuízo das exceções previstas".

A Área Metropolitana de Lisboa engloba 18 municípios da Grande Lisboa e da Península de Setúbal, designadamente Alcochete, Almada, Amadora, Barreiro, Cascais, Lisboa, Loures, Mafra, Moita, Montijo, Odivelas, Oeiras, Palmela, Seixal, Sesimbra, Setúbal, Sintra e Vila Franca de Xira.

Conheça a totalidade das regras e medidas hoje anunciadas aqui.

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