O incêndio no São João que levou a uma demissão (rejeitada)
Um incêndio deflagrou, na tarde de domingo, no serviço de Pneumologia do Centro Hospitalar Universitário de São João (CHUSJ), no Porto.
Em comunicado, o CHUSJ referiu que o incêndio, “de elevada complexidade”, foi dado como extinto às 19:00, dando conta da existência de “uma vítima mortal a lamentar, [de] quatro feridos graves” e de “cinco profissionais afetados”, que receberam assistência no serviço de urgência.
Ao longo do dia de hoje, vários pormenores foram sendo conhecidos — desde a investigação do caso a uma demissão.
Quais as causas do incêndio?
Segundo o hospital, “as causas do incêndio estão a ser apuradas e será aberto um processo de averiguações interno”, foi ontem referido, sendo ainda acrescentado que “o plano de incêndio do hospital e o plano de emergência interno foram prontamente ativados, possibilitando a deslocação dos doentes e dos profissionais, bem como o combate ao incêndio pelas equipas internas e pelas corporações de bombeiros”.
Já no dia de hoje, segunda-feira, foi noticiado que o incêndio foi provocado por um doente que acendeu um cigarro no quarto, quando se encontrava a receber oxigénio.
Como vai a investigação?
Fonte da Polícia Judiciária disse hoje à Lusa estar a ser investigado o incêndio. Segundo a mesma fonte, “a PJ foi chamada a investigar as circunstâncias” do incêndio que, pelas 17:40 de domingo.
“Procuramos dar uma resposta o mais rapidamente possível relativamente às causas e, havendo causas, naturalmente à autoria e à responsabilização pelos factos ocorrido no dia de ontem [domingo]”, disse esta tarde aos jornalistas o diretor da PJ, Luís Neves.
Questionado se na origem do incêndio terá estado um cigarro, afirmou que não pode falar sobre o assunto, sublinhando que a Polícia Judiciária está “a investigar desde a primeira hora” para apurar as causas.
Por sua vez, a Inspeção-Geral das Atividades em Saúde (IGAS) revelou que instaurou um inquérito para apurar as responsabilidades no incêndio e que o processo de inquérito ao Centro Hospitalar Universitário de São João vai ser conduzido por dois inspetores do Núcleo Regional do Norte.
O hospital voltou a manifestar-se quanto ao sucedido?
Sim, esta tarde presidente do Conselho de Administração do Centro Hospitalar Universitário de São João (CHUSJ), Fernando Araújo, afirmou hoje ter apresentado o pedido de demissão à ministra da Saúde, Marta Temido, na sequência do incêndio que deflagrou no domingo.
"O Conselho de Administração do CHUSJ apresentou à senhora ministra da Saúde o pedido de demissão. O Conselho de Administração do CHUSJ permanecerá em funções até à decisão da senhora ministra da saúde", afirmou Fernando Araújo.
Em declarações aos jornalistas, o presidente do Conselho de Administração salientou que tem de existir “um sentido ético no exercício das responsabilidades públicas que não deve ser esquecido”.
A demissão vai mesmo acontecer?
Não, a ministra da Saúde já informou que "não pode aceitar o pedido". Em nota enviada às redações pelo Ministério da Saúde, Marta Temido "reconhece o elevado sentido ético no exercício de funções públicas dos elementos do Conselho de Administração do Centro Hospitalar e Universitário de S. João, EPE, ao colocarem os seus mandatos à disposição do Ministério da Saúde perante o incêndio que ontem ocorreu no hospital e que fez uma vítima mortal e quatro feridos graves".
Contudo, a ministra diz que "mantém total confiança no trabalho desenvolvido pelo Conselho de Administração do Centro Hospitalar e Universitário de S. João e na sua capacidade de congregar esforços para prestar os melhores cuidados de saúde às populações, pelo que não pode aceitar o pedido de demissão".
Na nota é ainda referido que Temido "acompanha a consternação de toda a equipa dirigente perante os factos ocorridos, lamenta profundamente a morte registada, o sofrimento dos familiares envolvidos, agradecendo aos profissionais de saúde e bombeiros que, pondo a sua vida em risco, responderam e combateram o incêndio".
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