Ao sexto dia de campanha, os candidatos às europeias falaram de direitos

Cerca de 373 milhões de eleitores europeus são chamados a votar para o Parlamento Europeu entre 6 e 9 de junho. Em Portugal, a votação é no dia 9. Serão escolhidos 720 eurodeputados, 21 dos quais portugueses.

Concorrem às eleições um total de 17 partidos e coligações: a AD, PS, Chega, IL, BE, CDU, Livre, PAN, ADN, MAS, Ergue-te, Nova Direita, Volt Portugal, RIR, Nós Cidadãos, MPT e PTP.

Enquanto não chega o dia de ir às urnas, os partidos percorrem o país. Hoje, no sexto dia de campanha eleitoral, a defesa dos direitos das mulheres, das crianças e dos migrantes marcaram os discursos de grande parte dos candidatos às próximas eleições europeias.

Direitos das mulheres

O candidato da Aliança Democrática (AD) Sebastião Bugalho foi este sábado abordado em Vila Nova de Gaia por uma desportista que lhe pediu uma ‘selfie’, mas disse que gostaria de ver uma “mulher à frente” da lista, lembrando o 25 de Abril e a emancipação que trouxe para as mulheres.

Esta abordagem levou Sebastião Bugalho a reiterar a defesa dos direitos das mulheres, nomeadamente na sua candidatura ao Parlamento Europeu: “os direitos das mulheres estão defendidos e consagrados na nossa lista, coisa que eu tenho dito desde a primeira entrevista”.

Questionado pelos jornalistas sobre acusações que lhe têm sido feitas, nomeadamente pelas cabeças de lista do PS, Marta Temido, e do BE, Catarina Martins, de que a AD não dá garantias de não haver retrocessos nos direitos das mulheres, Sebastião Bugalho pediu para serem dados exemplos concretos e não serem feitas “insinuações que nunca concretizam”.

Direitos das crianças

No Dia Mundial da Criança, também os seus direitos foram tema de campanha, com os comunistas da CDU a defenderem em Vila Franca de Xira a mobilização dos meios do Estado para garantir a igualdade de direitos das crianças, independentemente da sua nacionalidade ou origem socioeconómica.

O Bloco de Esquerda, por Catarina Martins, atacou a política do Governo para o SNS, lembrando, durante um protesto em Viseu contra o fecho noturno das urgências pediátricas da Unidade Local de Saúde Viseu Dão, que há pessoas “de coração nas mãos porque querem ter a certeza de que num momento de necessidade as suas crianças têm acesso à urgência", concluindo por isso que "não pode haver remendos”.

O Chega, pelo voz do seu líder, aproveitou uma ação de campanha na Feira do Livro, em Lisboa, para afirmar que a identidade de género não faz parte dos direitos humanos e que as crianças estão a ser expostas a "contéudos sexualizantes" nas escolas públicas.

Direitos dos migrantes

Como já aconteceu esta sexta-feira, os partidos também abordaram o tema das migrações. Marta Temido, cabeça de lista do PS, defendeu, em Matosinhos, que fechar as fronteiras não resolve o problema das migrações e que não há barreiras que impeçam “as pessoas em risco” de procurarem melhores condições de vida.

Aproveitou ainda para criticar a candidatura liderada por Sebastião Bugalho por contar com um partido anti-europeísta: “Toda a gente sabe quem apoia a AD tem dentro o Partido Popular Monárquico. Estão sempre a tentar pô-lo para trás das costas. Não gosto de ser agressiva, não é o meu estilo, mas as coisas são autoexplicativas”, afirmou.

Também Francisco Paupério, do Livre, abordou a questão migratória, defendendo mais investimento na Agência para a Integração, Migrações e Asilo (AIMA) e posicionando-se contra uma maior restrição das regras para os migrantes que chegam à Europa.

Outros temas

A Iniciativa Liberal foi também à Feira do Livro de Lisboa, onde o seu cabeça de lista, João Cotrim de Figueiredo, voltou o seu discurso para a política nacional e deu a entender que as interjeições dos antigos presidentes da Assembleia da República dirigidas ao Chega foram uma tentativa de “eternizar o PS no poder”.

O PAN também se manteve por Lisboa e defendeu, junto à praça de touros do Campo Pequeno, o fim do financiamento europeu a atividades que impliquem maltratar animais. “Temos de começar por acabar com qualquer financiamento público que venha da União Europeia para ser aplicado nestas atividades”, afirmou Pedro Fidalgo Marques.

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