EUA, Israel, Irão e Líbano. Quem luta pela paz e contra o terrorismo?

Maria da Graça Polaco
Maria da Graça Polaco

A situação no Médio Oriente, envolve pelo menos os EUA, Israel, territórios ocupados da Palestina, Irão e Líbano, é complexa e caracteriza-se por tensões políticas e militares que já provocaram no último ano centenas de milhares de mortos e deslocados.

Nos últimos dias, a escalada do conflito no Líbano tem gerado preocupações internacionais, especialmente em relação à segurança das forças de manutenção da paz da ONU (UNIFIL). Quarenta países, incluindo os EUA, apelaram ao respeito pela presença da UNIFIL na região, que tem o mandato de garantir a paz e a estabilidade após a guerra de 2006 entre o Líbano e Israel​.

Israel, em resposta a ataques do Hezbollah e do Irão, tem intensificado os seus bombardeamentos no sul do Líbano, o que resultou em um número alarmante de vítimas civis e militares​

Enquanto o Irão, apoia o Hezbollah, os EUA tentam reforçar a defesa de Israel com sistemas antimísseis. O Irão advertiu hoje que a presença americana na região aumenta os riscos para as suas tropas​.

O exército israelita admitiu hoje que um ataque de tanques atingiu por engano um posto da força de manutenção da paz da ONU no Líbano (UNIFIL) durante confrontos com o Hezbollah. Apesar do erro, as Forças de Defesa de Israel (IDF) alegaram que as milícias xiitas estavam a utilizar as instalações civis e da ONU como escudos humanos. O incidente resultou em ferimentos a quinze soldados da UNIFIL.

A UNIFIL também acusou o exército israelita de bloquear os seus movimentos no Líbano, o que dificulta a sua capacidade de operar de forma eficaz e garantir a segurança na região. Este bloqueio levanta preocupações sobre a proteção dos civis e o funcionamento das operações de paz da ONU.

Em resposta a ataques do Irão, os Estados Unidos instalaram um sistema antimísseis em Israel. A medida visa reforçar a defesa do país contra ameaças, especialmente após os recentes confrontos na região e o lançamento de mísseis pelo Irão.

O Irão, por sua vez, alertou os EUA de que a sua presença na região coloca em perigo as vidas das suas tropas. Este aviso reflete as crescentes tensões entre os Estados Unidos e o Irão, num contexto de conflito mais amplo que envolve o Hezbollah e Israel.

Israel destacou que os ataques ao Hezbollah continuarão, e o primeiro-ministro Benjamin Netanyahu advertiu que o Líbano enfrentará destruição semelhante à que Gaza sofreu, a menos que sejam tomadas medidas contra o grupo terrorista. A situação permanece tensa, com um aumento nas hostilidades e um apelo do primeiro-ministro libanês para um cessar-fogo completo.

O primeiro-ministro israelita, Benjamin Netanyahu, pediu hoje ao secretário-geral da ONU, António Guterres, que retire imediatamente a Força de Interina das Nações Unidas no Líbano (FINUL) "para um local seguro".

O contexto atual envolve uma luta contínua pela paz e a necessidade de diálogo para desescalar as tensões. O apelo à paz vem de várias partes, incluindo líderes internacionais, que clamam por um cessar-fogo e por ações que evitem mais destruição e sofrimento na região

No final da tarde deste domingo, o presidente francês fez um apelo ao Irão para que apoie uma "desescalada geral" na Faixa de Gaza e no Líbano.

O secretário-geral das Nações Unidas, António Guterres, apelou esta noite, através de comunicado, para que as forças de manutenção de paz no Líbano sejam mantidas em segurança e lembrou que ataques contra ‘capacetes azuis’ podem constituir um crime de guerra.

*com agências Lusa e AFP.

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