O histórico socialista Manuel Alegre considerou hoje que os resultados das eleições na Alemanha “não são um bom sinal” para a Europa, defendendo que “nenhum parlamento de nenhum país democrático se deve habituar a conviver com a extrema-direita”.
Centenas de pessoas protestaram esta noite em várias cidades alemãs contra o partido Alternativa para a Alemanha (AfD), de extrema-direita, que, segundo as sondagens, passará a ser a terceira força política mais votada, considerado um resultado histórico.
O Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, evitou hoje comentar as projeções para as eleições gerais na Alemanha, que dão a vitória ao partido de Angela Merkel.
O AfD, partido de extrema direita alemã, quebrou um tabu neste domingo com o resultado histórico nas eleições legislativas alemãs, após uma campanha em que radicalizou o seu discurso.
A chanceler alemã, Angela Merkel, admitiu que esperava “um melhor resultado” nas eleições de hoje, depois de conseguir a reeleição para um quarto mandato, e prometeu reconquistar o eleitorado do partido da extrema-direita Alternativa para a Alemanha (AfD).
O presidente do Partido Social-Democrata (SPD) alemão, Martin Schulz, admitiu que "hoje é um dia difícil e amargo", já que perdeu as eleições legislativas de hoje na Alemanha, vencidas pelo partido de Merkel, ainda que sem maioria.
Filha de um pastor protestante, a chefe do governo alemão, a conservadora Angela Merkel, chegou ao poder em 2005, contra todos os prognósticos, e neste domingo consolidou a sua trajetória conquistando um quarto mandato à frente do país.
A CDU da chanceler Angela Merkel venceu as eleições legislativas de hoje com 33,5% dos votos, seguida dos sociais-democratas do SPD e do partido Alternativa para a Alemanha, de extrema-direita, segundo uma sondagem divulgada pela televisão pública ZDF.
Não há nenhum analista ou comentador que não tenha como certo que Frau Merkel vai ganhar as eleições de amanhã. Mesmo considerando a hipótese improvável que os 26% de indecisos nas sondagens votem noutros partidos – que são muitos e variados – há um consenso de que a Chanceler continuará a governar
O ministro dos Negócios Estrangeiros português reiterou hoje que os países da zona euro devem discutir o problema do endividamento excessivo, mas remeteu esse debate para depois das eleições na Alemanha, previstas para outubro.