As projeções dos maiores meios de comunicação social da Alemanha apontam para valores na ordem dos 20 ou 21%, o pior resultado do SPD desde a segunda guerra mundial. "Perdemos a eleição federal", admitiu o antigo presidente do Parlamento Europeu, acrescentando que o partido que fez parte da coligação de Merkel contribuiu para leis importantes, como a criação de um salário mínimo.
"Claramente, não conseguimos manter nem expandir a nossa base tradicional de apoiantes", lamentou.
O Partido Social-Democrata da Alemanha anunciou que não está disponível para formar um governo de coligação com a CDU de Angela Merkel, terminando assim a 'grande coligação' que governou o país nos últimos quatro anos. "Esta tarde termina o trabalho com a CDU e a CSU", os dois partidos conservadores liderados por Angela Merkel e que governavam em coligação com o partido de Martin Schulz desde 2013.
"Nós recebemos um mandato claro dos eleitores para ir para a oposição", disse Schulz, admitindo "um dia difícil e amargo para a social-democracia alemã".
Referindo-se à entrada da extrema-direita no Parlamento, com pelo menos 13% dos votos, segundo as sondagens, Schulz disse que é "uma cisão que nenhum democrata pode ignorar".
A ida para a oposição do SPD impede que os nacionalistas da extrema-direita sejam o principal partido da oposição, mas deixa Merkel sem maioria no Bundestag.
A CDU da chanceler Angela Merkel venceu as eleições legislativas de hoje com 33,5% dos votos, seguida dos sociais-democratas do SPD e do partido Alternativa para a Alemanha, de extrema-direita, segundo uma sondagem divulgada pela televisão pública ZDF.
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