2016 foi um ano de vitórias e distinções, mas também um ano de despedidas. Estes são melhores e os piores momentos do ano para a música, cinema, literatura e artes.
Sei que já se disse tudo sobre Nicolau Breyner. A sua morte, além de nos apanhar de surpresa, revelou o lado transversal da sua existência. Não foi apenas o grande actor que morreu. Nem o realizador, ou o criativo, ou o humorista. Ou até mesmo o ser humano generoso. Foi um pouco mais do que isso: fo
Há uns anos, tive o meu primeiro trabalho profissional como guionista do "Aqui Não Há Quem Viva", uma sitcom diferente, na qual Nicolau Breyner acumulava um dos papéis principais com a direcção de actores. Era normal, em todos os episódios, termos actores convidados com papéis pequenos e, na escrita
Quando o autarca Carlos Meireles conheceu Maria, uma prostituta de alta roda que, mais tarde, viria a perceber-se que o levou à certa na triste sina da corrupção por chantagem, fez-lhe a seguinte pergunta: 'Diga-me uma coisa... O que é que você faz?' E ela respondeu: 'Tudo!' Nicolau Breyner também.
É impossível não gostar de Nicolau Breyner. Porque é solar, admiravelmente bem disposto, e tem aquele olhar de menino mimado e malandreco que entorna as mulheres e não chateia os homens. Logo tinha de morrer agora, neste período em que têm morrido tantos apoios morais do colectividade. Mas teve sort