Schenck disse, no Fórum dos Mercados de Capitais Europeus da Bloomberg, que tinha “aberto os olhos” numa viagem que fez recentemente à China. Para o executivo, o setor bancário vai ser alvo de uma disrupção.
Na viagem à China, Schenck teve a oportunidade de visitar uma empresa responsável por elaborar os “microchips” dos computadores utilizados para "minerar" bitcoin - processo de adicionar registos de transações ao livro público - ou qualquer outro tipo de tecnologia blockchain.
Da China, Schenck trouxe o seguinte discurso, que foi partilhado no Fórum dos mercados: “Há um estudo que mostra que em 5, 10, 15, 20 anos - quem sabe - as contas bancárias vão desaparecer e vão ser substituídas”.
“Isto pode mudar as regras do jogo face ao que estamos a fazer”, disse Schenck, como anota o Business Insider. “As firmas financeiras têm de monitorizar aquilo que está a acontecer”, alerta.
Para Schenck, esta alteração no setor bancário vai acontecer devido à criação de carteiras individuais para “criptomoedas” - onde as pessoas podem armazenar o seu dinheiro digitalmente, dispensando a presença de um banco. A Bitcoin e outras carteiras de criptomoedas - um meio de troca que se utiliza a tecnologia de blockchain - já estão amplamente difundidas. Porém, Schenck acredita que ainda se podem espalhar mais no futuro.
"A maioria das atividades está a caminhar para uma interação eletrónica com o cliente”, diz Schenck, acrescentando que a “na maior parte dos casos de hoje em dia, não há seres humanos envolvidos quando fazemos um negócio”.
Para além de os bancos terem de alterar a forma como operam, os avanços tecnológicos no setor financeiro também estão a mudar as habilitações que as pessoas têm de ter para fazer parte desta indústria. Para Schenck, doravante, ser capaz de programar vai ser tão importante como falar inglês.
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