“As desvantagens de utilizar o Facebook como um caminho para essa distribuição ficaram mais evidentes após a decisão da rede social de diminuir a visibilidade do jornalismo profissional nas páginas de seus usuários”, destacou a empresa numa nota divulgada hoje.
A decisão já está em vigor, porém, não impedirá que os leitores continuem a partilhar conteúdos do jornal nas suas páginas pessoais do Facebook.
Na nota, a Folha de S.Paulo justificou que as mudanças promovidas pela rede social “reforçam a tendência de o utilizador consumir cada vez mais conteúdo com o qual tem afinidade, favorecendo a criação de bolhas de opiniões e a propagação de ‘fake news’ [notícias falsas]”.
“Além disso, não há garantia de que o leitor que recebe o link com determinada acusação ou ponto de vista terá acesso também a uma posição contraditória a essa”, avaliou o jornal.
“Esses problemas foram agravados nos últimos anos pela distribuição em massa de conteúdo deliberadamente mentiroso, as chamadas ‘fake news’, como aconteceu na eleição presidencial dos EUA em 2016″, acrescentou.
O jornal brasileiro disse ter compilado dados que indicam que em janeiro o volume total de interações obtidas pelas 10 maiores páginas de jornais brasileiros no Facebook registaram uma queda de 32% face ao mesmo período de 2017.
“Com a queda do alcance das páginas, o Facebook perde espaço como fonte de acessos a sites de jornalismo”, destacou.
A empresa brasileira destacou ainda que tem atualmente 5,95 milhões de seguidores no Facebook, sendo o maior jornal brasileiro nesta rede social.
A Folha de S.Paulo manterá perfis atualizados diariamente em outras redes sociais como o Twitter, onde tem 6,2 milhões de seguidores, Instagram, com 727 mil seguidores e no Linkedin, onde tem 726 mil seguidores.
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