"O acesso ao serviço de mensagens Discord está restrito devido à violação dos requisitos da legislação russa, cujo cumprimento é necessário para prevenir o uso do serviço com fins terroristas e extremistas", declarou em comunicado o regulador russo de telecomunicações, Roskomnadzor.
Nos últimos anos, a Rússia tem ordenado a plataformas estrangeiras que removam conteúdos que considera "ilegais", impondo multas relativamente modestas, mas periódicas, se não cumprirem as exigências.
Em julho de 2023, o Discord, criado nos Estados Unidos em 2015, foi multado em seis milhões de rublos (cerca de 56 mil euros) por um tribunal de Moscovo por não remover conteúdos considerados "ilegais", mas a empresa "ignorou a decisão" do tribunal, lamentou Roskomnadzor.
A 1 de outubro, ordenou novamente ao Discord que removesse quase 1.000 elementos de conteúdo proibido, mas o regulador alega que a plataforma não o fez. Também afirma que o serviço "é utilizado ativamente por criminosos".
O Discord, apesar de ser muito popular entre os jovens russos, é ainda menos utilizado que o Telegram, que é preferido pelo público em geral.
Desde o início da ofensiva russa na Ucrânia, em fevereiro de 2022, o Kremlin reforçou consideravelmente o seu controlo sobre o setor digital, severamente impactado pelas sanções ocidentais.
O governo russo também intensificou o seu controlo sobre a internet, proibindo vários sites e redes sociais ocidentais onde os seus críticos podiam expressar-se livremente, como Facebook, Instagram e X. No entanto, ainda é possível aceder a tais plataformas a partir da Rússia usando uma VPN.
O Discord, empresa americana com sede em San Francisco, oferece uma plataforma gratuita para troca de texto, áudio e vídeo. Segundo o seu site oficial, tem 150 milhões de utilizadores ativos mensais.
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