A primeira manobra começará com uma última aproximação a Titã, uma das luas de Saturno, a 22 de abril.
Dotada de 12 instrumentos científicos, a sonda vai efetuar, a 26 de abril, a primeira descida ao espaço inexplorado de 2.400 quilómetros que separa o planeta dos seus anéis.
“Nenhuma sonda se aventurou nesta região única que vamos tentar atravessar 22 vezes”, explicou, citado pela agência AFP, o adjunto da direção das missões científicas da NASA, Thomas Zurbuchen.
Segundo o investigador, a informação recolhida a partir das últimas trajetórias da Cassini poderá permitir uma melhor compreensão da formação e da evolução dos planetas gigantes e dos sistemas planetários em geral.
Importantes descobertas fora feitas graças à sonda, como a da existência de um vasto oceano sob a superfície gelada da lua Encélado e de mares de metano líquido em Titã.
A NASA vai ter que decidir qual a melhor maneira de terminar a missão a Saturno, uma vez que a Cassini já não tem muito combustível.
“A Cassini vai fazer algumas das suas observações mais extraordinárias no final da sua longa vida”, vaticinou a coordenadora da missão científica no Jet Propulsion Laboratory da NASA, Linda Spilker.
A equipa espera obter dados sobre a estrutura interna de Saturno e a origem dos seus anéis, assim como imagens sem precedentes das neblinas saturnianas.
Quando entrar na atmosfera do planeta, a sonda continuará a transmitir informação a partir de muitos dos seus instrumentos, nomeadamente sobre a composição da atmosfera, até à perda do seu sinal.
Lançada no espaço há cerca de 20 anos, a sonda deve o seu nome ao astrónomo italiano Giovanni Cassini (1625-1712), que descobriu quatro luas de Saturno e observou a divisão de anéis do planeta.
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