“Até à data, todas as provas indicam que a Rússia está por trás do ciberataque”, afirmou o Governo ucraniano, num comunicado.
Esta foi “uma manifestação da guerra híbrida que a Rússia está a levar a cabo contra a Ucrânia desde 2014”, lê-se na mesma nota, citada pela agência de notícias AFP.
Para o Governo da Ucrânia, o objetivo é “não apenas intimidar a sociedade”, mas também “desestabilizar a situação na Ucrânia”, “minando a confiança dos ucranianos no poder”.
O ciberataque ocorreu na madrugada de quinta para sexta-feira e deixou páginas na internet de vários ministérios inacessíveis durante horas.
O ataque cibernético ocorreu no meio de um clima de escalada de tensões entre Kiev e Moscovo, que concentrou um número significativo de forças militares russas ao longo das fronteiras ucranianas.
A Ucrânia e os seus aliados ocidentais acusaram repetidamente equipas de piratas informáticos russos de realizar ataques coordenados contra a sua infraestrutura estratégica, o que Moscovo nega.
O conflito entre Moscovo e Kiev agudizou-se em 2014, com a anexação da península da Crimeia pela Rússia.
A União Europeia (UE) condenou na sexta-feira o ciberataque e afirmou que o bloco comunitário vai “mobilizar todos os recursos” para ajudar Kiev perante um ataque que já era temido.
“Infelizmente, já esperávamos que isto pudesse acontecer. Evidentemente, não podemos apontar o dedo a ninguém, pois não temos provas, mas podemos imaginar” quem está por detrás do ciberataque, disse o chefe da diplomacia europeia, Josep Borrell, à entrada para uma reunião informal de ministros dos Negócios Estrangeiros dos 27 da UE em Brest, França, marcada, entre outros assuntos, pelas tensões a leste, entre Ucrânia e Rússia.
Também o secretário-geral da NATO, Jens Stoltenberg, condenou o ciberataque e anunciou que nos próximos dias a Aliança Atlântica assinará um acordo de cooperação cibernética com Kiev.
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