“Com um oceano de permeio, juntam-se a voz de Maria João e o génio do piano e eletrónica de André Mehmari, num disco que conta com repertório inédito composto por Mehmari para a voz de João”, lê-se no texto de apresentação de “Algodão”, que é editado na sexta-feira pela Galileo Music Alemanha.
O álbum, composto por 11 temas, tem algumas canções da dupla Guinga/Aldir Blanc, “que o duo [Maria João/André Mehmari] já tinha interpretado anteriormente em concertos no Brasil, que se tornaram referências estéticas para os artistas, e que agora se fixam gravados”.
Maria João e André Mehmari apresentam “Algodão” ao vivo em 01 de novembro no Porto, na Casa da Música, e em 08 de novembro no Teatro Municipal São Luiz, em Lisboa, no âmbito do Misty Fest, num espetáculo “cheio de surpresas e sonhos, que promete compor um novo capítulo na história deste duo e da rica e diversa carreira de Maria João”.
Artista de referência na área da música improvisada, Maria João começou no jazz na década de 1980, com um quinteto no qual tocavam também Carlos Martins e Mário Laginha.
Apesar das colaborações com vários outros artistas, como Carlos Bica, José Peixoto e António Pinho Vargas, foi com Laginha que se destacou na música portuguesa e manteve a mais duradoura colaboração.
“Danças” (1994), “Lobos, Raposas e Coiotes” (1998), “Tralha” (2004) e “Iridescente” (2012) são exemplos desta parceria. Também gravou com a Orquestra de Jazz de Bruxelas e a Orquestra Jazz de Matosinhos.
Em 2009, avançou com o projeto Ogre, ao lado dos músicos João Farinha, Júlio Resende, André Nascimento e Joel Silva.
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