“Optámos por abrir o filme a meio da semana [uma quarta-feira] para permitir às audiências descobrir o filme a seu próprio tempo”, afirmou um porta-voz da empresa, realçando que pretendem que o lançamento se distribua ao longo do tempo, “muito além da norma”.
“Tenet”, inicialmente previsto para 17 de julho e já adiado para 31 desse mês, tem sido apontado como uma das grandes apostas das salas de cinema para atrair público, depois de meses encerradas devido à pandemia de covid-19 e num momento em que reabrem com lotação limitada e com as necessárias medidas de prevenção de contágio do novo coronavírus.
A Associação Portuguesa de Defesa de Obras Audiovisuais (FEVIP) deu-o como exemplo de um dos filmes que poderiam ajudar à reabertura e cativar o público.
Segundo a Associated Press, também a reposição em sala de “A Origem”, de Nolan, foi adiada para 31 de julho. Em Portugal, “A Origem” tinha regresso às salas previsto para 16 de julho, quando a estreia de “Tenet” ainda estava marcada para 30 desse mês.
Segundo um comunicado da NOS enviado no começo da semana, antes da notícia do mais recente adiamento, também no próximo mês voltarão aos cinemas “Dunkirk” e “Interstellar”, do mesmo realizador.
Apesar do novo adiamento de “Tenet”, vários outros estúdios mantêm as estreias para julho, com destaque para “Mulan”, da Disney.
O primeiro ‘trailer’ do novo filme de Christopher Nolan, protagonizado por John David Washington e Robert Pattinson, foi revelado em dezembro passado, meses antes de toda a indústria cinematográfica ser afetada pela covid-19.
A covid-19 teve um impacto enorme na indústria cinematográfica, paralisando produções de cinema, levando ao encerramento de salas, ao adiamento de festivais de cinema e à reflexão sobre estratégias de exibição cinematográfica envolvendo, sobretudo, as plataformas de ‘streaming’.
As salas portuguesas de cinema, que reabriram a 01 de junho, tiveram, em duas semanas, cerca de 4.600 espectadores, algumas sessões vazias e outras com lotação completa, segundo dados do Instituto do Cinema e do Audiovisual.
Por causa das medidas de contenção da covid-19, as salas de cinema em Portugal encerraram em março e só puderam reabrir a 01 de junho, mas apenas algumas o fizeram, como foram os casos das salas independentes Cinema Ideal e Nimas em Lisboa, ou cinema Trindade, no Porto, as salas UCI Arrábida, em Vila Nova de Gaia, ou as da exibidora Castello Lopes, em Guimarães e Torres Novas.
Antes da covid-19, a média mensal de assistência nas salas de cinema rondava um milhão de espectadores.
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