Há um grupo de fãs da saga Guerra das Estrelas em que os seguidores pretendem ser verdadeiros Jedis - representantes do “lado da luz” e os guardiões da paz e da justiça da galáxia. Esta comunidade adota o Jediismo nas suas vidas ao seguir o código Jedi.
O código Jedi
Não há emoção, há paz.
Não há ignorância, há conhecimento.
Não há paixão, há serenidade.
Não há caos, há harmonia.
Não há morte, há força.
Fascinado com o fenómeno do fanatismo, o cineasta Laurent Malaquais encontrou o grupo de fãs da saga Guerra das Estrelas e decidiu realizar um novo filme - chamado Jedi Americano - que pretende trazer um novo olhar sobre esta comunidade.
O Jedi Americano tem como personagem principal Opie Macleod, um membro de relevo dentro da comunidade do “jediismo”. A história de Opie espelha o trajeto de muitas personagens do Star Wars, que passa por momentos de dor, crescimento e redenção.
Malaquais, tal como muitas crianças, fez parte de uma geração que foi influenciada pela saga. “O cinema para mim sempre foi um espaço sagrado e o Star Wars continua-me a trazer para essa ideia”, disse ao Huffpost.
“Eu cresci num ambiente onde a espiritualidade se baseava na inclusão de várias práticas religiosas”, disse o cineasta, “eu conectei-me com a ideia de ser um Jedi, que é metade guerreiro metade seguidor iluminado do espírito da verdade”, confessa.
Tendo uma atitude inclusiva perante as diferentes religiões, o realizador Malaquais confessou que não esperava que a sua própria espiritualidade sofresse alterações ao longo das gravações. “Nunca pensei utilizar o Jediismo para lidar com as minhas próprias lutas pessoais”, disse o cineasta. “O Opie Macleod ensinou-me uma lição valiosa: sempre que for confrontado com uma situação complicada, o primeiro passo é aceitá-la por completo”, acrescenta.
Malaquais confessa acreditar que o Jediismo é, de facto, uma religião uma vez que “é inspirado em práticas religiosas antigas e porque assume o lugar da religião na vida de Jedi”.
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