A presença dos realizadores foi divulgada hoje pela organização do festival, na apresentação do cartaz da 11.ª edição, que decorre de 05 a 10 de setembro, no Cinema São Jorge, no Teatro Tivoli e na Cinemateca Júnior (Palácio Foz), em Lisboa.
A organização recordou que Alejandro Jodorowsky, de 88 anos, “psico-mago chileno que, com o seu ‘El Topo’, foi o pioneiro das sessões da meia-noite, criou ao longo dos anos um legado único no campo do surrealismo cinematográfico, que atraiu a atenção de figuras como Salvador Dalí, John Lennon, Pink Floyd ou Orson Welles”.
Já Roger Corman, de 91 anos, é descrito como “um dos maiores cineastas e produtores independentes da história do cinema americano, rebelde de Hollywood que a Academia reconheceu com um Óscar Honorário” e com quem “começaram nomes como Martin Scorsese, Jack Nicholson e Robert de Niro”.
Este ano, o MOTELX associa-se à programação de Lisboa, Capital Ibero-Americana da Cultura 2017, com a retrospetiva “O Estranho Mundo do Terror Latino”, “que propõe explorar a diversidade do cinema de género produzido na América do Sul e na Península Ibérica”.
Ao prémio MOTELX – Melhor Curta de Terror Portuguesa competem nove filmes: “#Blessed”, de Diogo Lopes, “Carga”, de Luís Campos, “Depois do Silêncio”, de Guilherme Daniel, “Entelekheia”, de Hugo Malainho, “A Instalação do Medo”, de Ricardo Leite, “Mãe Querida”, de João Silva Santos, “O Candeeiro – Um Filme à Luz de Lisboa”, de Henrique Costa e Hugo Passarinho, “Revenge Porn”, de Guilherme Trindade, e “Thursday Night”, de Gonçalo Almeida.
A organização destaca a “variedade temática” das curtas a concurso, que concorrem por um prémio no valor de cinco mil euros, “a que este ano se juntam mais cinco mil euros em serviços de pós-produção Kino Sound Studio e um fim-de-semana de inspiração nos Hotéis Belver”.
O festival atribui ainda o prémio MOTELX – Melhor Longa de Terror Europeia, cujos filmes em competição serão anunciados em breve.
Além disso, regressa a competição Yorn microCURTAS, “que premeia curtas-metragens com um máximo de dois minutos de duração que sejam filmadas integralmente com ‘smartphone’ ou ‘tablet’”. Qualquer pessoa pode participar nesta competição, cujas inscrições decorrem até 26 de agosto, através da página do festival na rede social Facebook.
Durante o festival haverá uma sessão especial dedicada ao luso-brasileiro Jean Garrett, “o artesão do cinema ‘exploitation’ paulistano dos anos 70”, e na secção Quarto Perdido serão exibidas duas coproduções entre Portugal e Espanha: “Crime de Amor” (1972) e “O Espírita” (1974).
Da programação, a organização destaca filmes como “The Limehouse Golem”, de Juan Carlos Medina, “uma revisitação feminista do mito de Jack, o Estripador, ou “Kuso”, “a experimental proposta escatológica do músico Flying Lotus, que causou sensação nas meias-noites de Sundance”, “The Bar”, do mestre do terror espanhol Álex de la Iglesia, e “o politicamente incorreto” “68 Kill”, de Trent Haaga.
Na secção Lobo Mau, dedicada aos mais novos, será exibido, pela primeira vez em Portugal, em sala, o filme de animação “O Livro da Vida”. Além de sessões de filmes, na Cinemateca Júnior e, pela primeira vez, no Museu Coleção Berardo, a secção Lobo Mau inclui ‘peddy paper’ no Cinema São Jorge e um ‘workshop’ de programação informática.
O MOTELX inclui ainda o LAB, com ‘masterclasses’, conferências e ‘workshops’, e eventos paralelos, como a apresentação do livro “Os Melhor Contos de Edgar Allan Poe”, ou “uma maratona de escrita fora de horas”.
Antes de o festival começar, haverá três dias de ‘Warm-Up’ [aquecimento], entre 31 de agosto e 02 de setembro, “com festas, concertos e sessões de cinema ao ar livre no Largo de São Carlos e na Rua da Moeda (Cais do Sodré)”.
Comentários