Os Toto são, em primeiro lugar, uma banda de músicos que tocava para outros músicos: a título exemplificativo, David Paich, teclista, colaborou com Michael Jackson ou Bryan Adams; Jeff Porcaro, baterista, com Joe Cocker e Pink Floyd; e Steve Lukather, com Ringo Starr.
Depois, a realidade é que os Toto são uma banda premiada: o seu álbum homónimo de estreia venceu o Grammy de Produtor do Ano, o álbum Toto IV venceu o Grammy de Álbum do Ano e “Rosanna”, música desse mesmo trabalho cujo título foi inspirado na atriz Rosanna Arquette e que venceu o Grammy de Single do Ano.
Por tudo isto, não deixa de ser curioso que “Africa”, canção desse mesmo álbum-vencedor-de-Grammy e provavelmente a mais mediática da banda americana, nunca tenha vencido qualquer prémio relevante na indústria musical. Alcançou, isso sim, o topo das tabelas de vendas em vários países e um sucesso global.
Não sei se “Africa” será um êxito incontestável e uma daquelas músicas transversais a quem todos dedicamos um carinho especial no coração – já o dizia Nuno Markl num episódio da sua já extinta rubrica na M80 “Super Parada de Genius Jackpot Mix”. O que sei é que é uma daquelas músicas que deixa pouca gente indiferente. Prova disso é o facto de a revista NME ter considerado o refrão de “Africa” um dos 50 mais explosivos de sempre.
De episódios de “Family Guy” a sketches do talk show de Jimmy Fallon, passando pela sua utilização (sample) em vários temas de intérpretes como Ja Rule, Nas, Wiz Khalifa, JoJo ou Jason Derulo, “Africa” foi (e continua a ser) um tema amplamente reproduzido e utilizado um pouco por todo o mundo.
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