Começamos com os The Calling e a balada "Wherever You Will Go", uma “partedora-de-corações” lançada em 2001.
Cabelo louro, voz rouca e ar de roqueiro imberbe. Esta é, de uma forma superficial, a descrição de Alex Band, jovem de Los Angeles que, no virar do milénio, formou com Aarom Kamin os The Calling.
Banda representativa do movimento a que convenientemente se chamou ready-for-radio rock, surge na linha de colectivos como os Matchbox Twenty, os Lifehouse ou os Goo Goo Dolls. Os The Calling eram, por isso, mais um grupo de rapazes que criava e interpretava músicas de refrães orelhudos, mas que acabou por perder-se nos anais do tempo, sem que isso, contudo, os impedisse de nos deixar canções (ok, canção...!) que ainda hoje sabemos trautear.
O seu álbum de estreia foi lançado no ano de 2001 e com ele surge também uma das mais celebradas baladas do início do milénio. "Wherever You Will Go" é uma ode ao amor incondicional e à dor que é perder alguém que se ama – temas nunca tratados a nível musical, diria qualquer melómano carregado de ironia. Alex Band grita a plenos pulmões que irá aonde quer que a sua paixão vá, tanto nos momentos altos como nos mais baixos das suas vidas. Inclusivamente, se pudesse voltar atrás no tempo. Amor incondicional com um twist de ficção científica, portanto.
Single de platina na Austrália e no Reino Unido, e de ouro em Itália, "Wherever You Will Go" chegou ao TOP 10 de singles mais ouvidos em 14 países e é considerado o grande sucesso dos The Calling, banda que viria a parar, provisoriamente, em 2005. Em 2013 ainda foi feita uma tentativa de regresso, com uma nova formação (encabeçada por Alex Band), mas após alguns concertos deu-se nova paragem, que dura até então.
O tema foi também parte da banda sonora dos filmes "Coyote Ugly" e "Love Actually", onde participa a “nossa” Lúcia Moniz, intérprete da mítica “O Meu Coração Não Tem Cor” – mas isso, fica para depois.
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