A obra composta para a inauguração do Kennedy Center, em Washington, em 1971, foi a escolhida este ano para mobilizar o público a participar no concerto, num coro de amadores, que atuará com o Coro e a Orquestra Gulbenkian, à semelhança do que aconteceu em anos anteriores, com a oratória “Messias”, de Handel, e o “Requiem”, de Mozart.
A estreia da “Missa”, que combina a liturgia em latim com textos em inglês, de Bernstein, Stephen Schwartz e Paul Simon, ocorreu durante a Guerra do Vietname e a secção “Dona nobis pacem” (“Dai-nos a Paz”), do “Agnus Dei”, marcou a obra e a sua época.
A interpretação em Lisboa vai ocorrer em novembro, e contar também com a Escola de Jazz do Hot Clube e a Orquestra Geração. A direção será de Clark Rundell.
Quanto aos Concertos de Domingo, com a orquestra, a temporada 2019/2020 prevê a realização simultânea de “pequenas conversas sobre música e ciência”, numa parceria com o Instituto Gulbenkian de Ciência.
O primeiro concerto deste ciclo, em novembro, tem a música de Michel Legrand para o filme “Os Chapéus de Chuva de Cherburgo”, de Jacques Demy, dirigida por Pedro Neves.
“O Quebra-Nozes”, de Tchaikovsky, com o maestro Paolo Bortolameolli, e “Danúbio Azul”, com o regente Tobias Wogerer, dão mote aos concertos de janeiro e fevereiro.
Em março, o maestro titular da Orquestra Gulbenkian, Lorenzo Viotti, dirige “Quadros de Uma Exposição”, de Mussorgsky, na versão orquestrada por Ravel.
O último Concerto de Domingo da temporada, em maio de 2020, junta o maestro Nuno Coelho e o “Guia de Orquestra para Jovens”, de Benjamin Britten, obra desenvolvida a partir de um tema do compositor barroco Henry Purcell.
Os domingos são também dia dos concertos dos solistas, no Grande Auditório.
No ciclo Cinema e Música, a Orquestra Gulbenkian acompanhará a exibição de “O Império Contra-Ataca”, de George Lucas, com a banda sonora de John Williams tocada ao vivo, assim como a música de “Fantasia”, de Walt Disney, e de “Serenata à Chuva”, da dupla Stanley Donen e Gene Kelly.
O Grande Auditório Gulbenkian retomará igualmente as transmissões da Metropolitan Opera de Nova Iorque, com as principais encenações da temporada: “Turandot”, “Madama Butterfly” e “Tosca”, de Puccini, “Manon”, de Massenet, “Akhnaten”, de Philip Glass, “Wozzeck”, de Alban Berg, “Porgy and Bess”, de Gershwin, “Agrippina”, de Handel, “O Navio Fantasma”, de Wagner, e “Maria Stuarda”, de Donizzetti.
A ópera também domina o programa da orquestra para o concerto no Vale do Silêncio, em setembro, durante o Festival Lisboa na Rua.
“Jovens músicos em ascensão”, entre os quais o acordeonista português João Barradas, dão corpo ao Domingo de Portas Abertas, em fevereiro, no âmbito da iniciativa internacional “Rising Stars”.
Em outubro próximo, a Gulbenkian acolherá de novo a fase final do Prémio Jovens Músicos, da Antena2/RTP.
A temporada Gulbenkian de Música 2019/2020 foi apresentada hoje, em Lisboa, com a pianista Maria João Pires, como protagonista, numa residência que prevê três recitais, a realizar de setembro a março.
A programação assinala igualmente os 50 anos de trabalho do maestro Michel Corboz, com o Coro e a Orquestra, e abre as comemorações dos 250 anos do nascimento de Beethoven (1770), em janeiro, com a integral dos 16 quartetos para cordas do compositor.
Os pianistas Mitsuko Uchida, Grigory Sokolov, Nelson Freire, Elisabeth Leonskaja, Mikhail Pletnev e Martha Argerich, os violoncelistas Mischa Maisky e António Meneses, a violinista Isabelle Faust e o maestro Jordi Savall são alguns dos grandes intérpretes esperados.
Os primeiros concertos da temporada estão marcados para 07 e 08 de setembro, no Grande Auditório, com a Orquestra de Jovens Gustav Mahler, mas serão os 150 anos do nascimento do fundador, Calouste Sarkis Gulbenkian, que vão determinar o início da programação regular, em 21 de setembro, com a abertura do ciclo “Oriente-Ocidente”, num diálogo de culturas, a prolongar-se por oito datas, até 18 de novembro.
A programação completa está disponível em gulbenkian.pt/musica.
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