No mesmo dia, é ainda inaugurada, no Politeama, a exposição “Retratos contados”, uma retrospetiva da vida do ator desde a infância até à atualidade.
Com curadoria de Nélson Mateus, a mostra reúne fotografias que fazem a retrospetiva da vida de Ruy de Carvalho, como fotos de família e do seu casamento, bem como da sua carreira profissional, com imagens de peças que interpretou ou de colegas de trabalho, entre outras.
Entre os objetos exibidos na mostra, que já esteve patente no Espaço Memória do Teatro Experimental de Cascais (TEC), contam-se fotos da autoria de António Homem Cardoso e o texto final da mostra é da autoria de Alice Vieira.
Sobre a peça “A ratoeira”, a narrativa passa-se num pequeno hotel gerido por um jovem casal que é surpreendido pela morte de um hóspede e centra-se na procura do assassino.
Henrique de Carvalho, neto de Ruy de Carvalho, Elsa Galvão, Sofia de Portugal e Filipe Crawford constam do elenco, que tem cenografia e figurinos de Fred Klaus.
Paulo Sousa Costa, que encena a peça, disse à agência Lusa que vão tentar que a sessão de hoje à noite “seja especial” e constitua “uma bonita homenagem a uma pessoa que merece e que é também um ator muito querido dos portugueses”.
Na plateia, a assistir à peça, vão estar convidados como muitos colegas e amigos de profissão de Ruy de Carvalho, bem como o presidente da Câmara Municipal de Lisboa e o vereador da Cultura, disse Paulo Sousa Costa, sem precisar mais pormenores sobre a homenagem.
Ruy de Carvalho nasceu em Lisboa em 01 de março de 1927.
Com uma longa e premiada carreira no teatro, cinema e televisão, Ruy de Carvalho estreou-se no teatro em 1942, no grupo de teatro da Mocidade Portuguesa, na peça “Jogo para o Natal de Cristo”, encenada por Francisco Ribeiro, conhecido como Ribeirinho.
Em 1945, entrou para o curso de teatro/formação de atores, no Conservatório Nacional, que terminou em 1950, com 18 valores.
A estreia profissional de Ruy de Carvalho data de 1947, no Teatro Nacional D. Maria II, em Lisboa, na companhia Rey Colaço – Robles Monteiro, na comédia “Rapazes de hoje”, de Roger Ferdinand.
Medalha de Mérito Cultural, Prémio Carreira, Personalidade do Ano em Teatro e Prémio Sophia constam dos galardões atribuídos a Ruy de Carvalho, distinguido pela primeira em 1961.
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