É um dos mais recentes fenómenos da Netflix — aliás, arrisca-se a ser o maior de sempre: na série sul-coreana Squid Game, o enredo baseia-se numa sociedade desigual onde pessoas desesperadas por dinheiro aceitam participar num concurso para solucionar as suas maleitas financeiras.

O problema é que no concurso em questão são forçadas a participar em versões pervertidas de jogos infantis e a consequência da derrota é a morte.

Se tudo isto parece fantasia, há um detalhe da série que é bem real — o número para o qual os participantes devem ligar para entrar no dito Squid Game.

De acordo com a BBC, o contacto, que surge bem visível durante as cenas na série, pertence a uma mulher de negócios sul-coreana, de Seongju, cidade do sudeste da Coreia do Sul, que se queixa de ter recebido tantas chamadas e mensagens que "chegou a um ponto em que é difícil manter a vida quotidiana normal".

Segundo a mulher, este número pertence-lhe há mais de 10 anos e só se apercebeu do que se estava a passar quando um amigo reparou que surgia nas cenas do Squid Game.

A emissora britânica reporta que a mulher já terá sido alvo de tentativas de compensação na ordem dos cinco milhões de won (aproximadamente 3631,5 euros) mas que as terá recusado.

A Netflix não se pronuncia quanto às indemnizações, mas já se dirigiu publicamente aos fãs da série para pararem de ligar para aquele número. Além disso, a empresa de streaming garantiu que, "em conjunto com a empresa de produção" da série, estão a trabalhar para "editar cenas com o número de telefone caso seja necessário".