A transmissão de “O cerejal”, de Anton Tchékhov, com encenação de Sandra Faleiro, sucede a “Cabaret Repórter X”, de André Murraças, que teve transmissão ‘online’ até sábado último.
“O cerejal” é a última peça escrita por Tchékhov e foi encenada pela primeira vez, em 1904, por Stanislavski, surpreendendo o autor, que terá visto uma tragédia quando pensava ter escrito uma comédia com alguns elementos de farsa, segundo a nota da peça do S. Luiz.
O fim da vida, o fim de um ciclo político, o fim da paz são temas da peça.
“De alguma forma, também nós sabemos que os modelos económicos e os modos de vida que mantemos terão de ser alterados, que as mudanças climáticas em breve se tornarão irreversíveis, que as migrações em virtude da seca e da fome aumentarão, e que o equilíbrio do planeta se encontra ameaçado, sem que pareçam emergir soluções, necessariamente globais, que tentem reverter esta situação”, escreve a encenadora, numa reflexão que a leva a interrogar-se sobre que lugar deverá o teatro ocupar neste panorama.
Sem saber ainda quando pode abrir portas, o São Luiz vai reformulando a sua agenda de espetáculos, seguindo as medidas de controlo da pandemia, pelo que “O Cerejal” regressará ao palco do teatro de 15 a 25 de julho.
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