Como o próprio título insinua, mais do que um livro sobre a história da sala de espectáculos que nos anos 20 do século passado foi mandada edificar por Adolfo de Lima Mayer, esta obra foca-se na relação do Tivoli com as pessoas que o frequentaram ao longo do tempo.

Desenhado pelo arquitecto Raul Lino para ser uma sala polivalente, capaz de oferecer todo o tipo de espectáculos, o centenário teatro da avenida serviu os públicos da dança, da música, do teatro e do cinema. Na plateia recebeu figuras de referência da política, das letras e das artes, das várias épocas que atravessou; no palco exibiu estrelas de primeira grandeza, nacionais e internacionais. Nomes maiores da música como Pedro de Freitas Branco, Arthur Rubinstein, Béla Bartok; da dança como Serge Lifar, Maurice Béjart e Alicia Markova; e do teatro como Cacilda Becker, Eunice Munõz e Jacinto Ramos encheram a casa entre os anos 30 e os anos 60. Além das estrelas de celulóide, pois durante décadas o Tivoli foi, primeiro que tudo, um cinema, onde passaram muitos filmes que ficaram para a história da sétima arte.

Entre finais dos anos 80 e 90 o Tivoli passou por um período conturbado onde correu até o risco de ser demolido. Mas graças à pressão da opinião pública, esse plano não avançou. O movimento cívico que então se levantou não conseguiu, porém, evitar que parte do edifício tenha sido mutilado para viabilizar a construção de um parque de estacionamento de um hotel.

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Em 1998 o Tivoli é classificado como imóvel de interesse público e em 2011 Paulo Dias, fundador da produtora de espectáculos UAU, torna-se seu proprietário e em 2015 o Tivoli é classificado como monumento nacional.

O livro sobre os 100 anos do Tivoli fala sobre uma viagem no tempo de dez décadas que cruza todas as memorias da velha sala de espectáculos que anima Lisboa há 100 anos, refere a produtora dona do teatro em comunicado.

O livro pode ser adquirido aqui e custa 48 euros.