Alexandra Lucas Coelho é jornalista e escritora. Publicou três romances, cinco livros de não-ficção e tem no prelo uma série. Como repórter, primeiro na RDP, depois no “Público”, cobriu várias zonas de conflito, da ex-URSS à América Latina e ao Médio Oriente. Foi correspondente em Jerusalém e no Rio de Janeiro. Recebeu vários prémios de jornalismo e o Grande Prémio de Romance e Novela da APE.
Não compre carne, nem soja, nem madeira, nada que venha da Amazônia. Tudo isso tem sangue indígena, alerta Alessandra Korap, uma das novas líderes da Amazônia. Uma mulher que é um pontinho no mapa em fogo, lá. “Esse governo está matando a Amazônia, está matando os povos indígenas. Está matando o que
Museus, fundações, centros culturais, alguém? Claudia Andujar está viva, é uma testemunha única de décadas entre os indígenas, uma fotógrafa extraordinária, e a sua luta não podia ser mais actual num momento em que Bolsonaro quer liberalizar a mineração nas terras indígenas, em que regiões inteiras
Cristas insulta as universidades — e a inteligência. Ao mesmo tempo que quer privatizar parte do ensino superior público, passa um atestado de inferioridade ao ensino privado. Disparate, privataria, vale-tudo: nada que surpreenda, a mim e à esmagadora maioria dos eleitores que nunca votariam em Cris
Foi uma das pessoas que eu vi a mudar a ideia de cidade, numa das cidades mais belas, trágicas e violentas do mundo. E tenho visto como a corrente de amor pelo que ele foi, e fez, não pára.
Caetano Veloso, que está em Lisboa, participou numa sessão sobre o filme “Democracia em Vertigem”, com a realizadora Petra Costa, e este sábado inaugura a sede portuguesa da Mídia Ninja.
Viveu muito, com a alegria do mundo de quem não é exactamente deste mundo. Por isso, a sua morte não é triste. Mas tem a melancolia de um quarto de repente vazio. Algo mudou em Portugal.
A educação não une o Brasil, desune. Um Brasil irreversível, jovem, vai lutar para não retroceder tudo o que a educação avançou. E vai lutar contra um Brasil favorecido, fortalecido pela má educação pública. A educação está bem na racha, na fenda do Brasil. Quem ganhar este duelo ganhará o Brasil. U
Milhares de seres humanos e animais retirados. Milhões à espera da catástrofe anunciada. Isto é o Brasil em 2019. Uma mineradora que já causou apocalipses, e continua a causá-los, sem que nada mude.
Mas a luta já está na rua. E os que são jovens agora, tão ou mais jovens que a jovem Greta Thunberg, como os secundaristas brasileiros que há anos já aprendem uma nova luta, cada vez mais sabem que não há outros, seremos nós a mudar isto, ou não haverá nós. Tal como não há planeta B.
São tempos turvos, de breu mesmo. Mas na Argentina, como no Brasil, como em Lisboa, como em Bissau-Luanda-Maputo, continuaremos a contar o que foi, o que falta. E a cantar.
Enquanto os turistas faziam fila para subir ao Padrão dos Descobrimentos, no auditório em baixo uma antropóloga que pesquisou canções nativas expôs horrores do trabalho forçado para a Diamang, durante a colonização portuguesa. As canções foram uma forma de resistência em Angola. Nos países a Norte,
Relatos de quem viveu o ciclone na Beira, ou é natural da Beira e durante dias não soube se a família lá estava viva. A responsabilidade da resposta portuguesa é única, entre todos os países estrangeiros. Possa Moçambique sentir-se amparado.