“O aeroporto não está operacional de momento”, disse um porta-voz da Aena, gestor dos aeroportos espanhóis, acrescentando que será necessário “limpar” as pistas antes deste ser reaberto.
Este é o segundo encerramento do aeroporto desde a erupção do vulcão em 19 de setembro.
Na sequência do encerramento do aeroporto por causa da nuvem de cinzas, as duas companhias aéreas que operam entre a ilha de La Palma e o resto das ilhas Canárias, Binter e Canarfly, suspenderam os voos programados para hoje.
As duas companhias aéreas foram obrigadas a tomar esta decisão por motivos de força maior, visto que a situação se agravou consideravelmente e prevê-se que continue assim pelo menos durante o dia de hoje, o que não permite operações com os requisitos de segurança necessários.
Enquanto isso, a atividade do vulcão manteve-se estável nas últimas horas, com “comportamento constante” e a lava a fluir por uma única corrente.
De acordo com o último relatório de situação do Departamento de Segurança Interna, publicado às 06:00 GMT, “embora o número de sismos e a sua magnitude tenham diminuído nas últimas horas, ainda existem movimentos sentidos pela população e que podem originar pequenos colapsos em zonas inclinadas”.
O delta de lava que se está a formar em contacto com a água ocupa uma extensão de 38 hectares.
A emissão de cinzas vulcânicas atinge uma altura de 3.000 metros e o vento direciona-as para nordeste.
Até quarta-feira, 726 edifícios foram destruídos pela lava sendo que a maior parte eram residências particulares.
O vulcão Cumbre Vieja situa-se na ilha de La Palma, uma das que integram o arquipélago espanhol das Canárias, situado no oceano Atlântico, a oeste da costa de Marrocos.
A erupção do vulcão começou em 19 de setembro e obrigou mais de 6.000 pessoas a abandonarem as suas casas.
Até ao momento, não se registaram feridos ou mortos.
Na quarta-feira, entrou em vigor o decreto-lei aprovado na terça-feira pelo Conselho de Ministros sobre medidas de apoio urgentes à “reconstrução económica e social” da ilha de La Palma e que envolve um valor de 213,7 milhões de euros.
Este valor soma-se aos 10,5 milhões de euros que o executivo espanhol aprovou na semana passada para a aquisição de casas e bens de primeira necessidade destinados aos habitantes afetados pela erupção vulcânica.
Desde quarta-feira que está aberto um leilão ‘online’ das camisas da seleção espanhola assinadas pelos jogadores, uma iniciativa da Federação Espanhola de Futebol para arrecadar fundos para os afetados.
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