“Nunca houve na universidade um projeto com desta envergadura para a área da saúde mental. Eu acredito que irá fazer muita diferença neste campo”, vincou a vice-reitora para a Qualidade, Responsabilidade Social e Ação Social, Amélia Augusto, em declarações à agência Lusa.
Além dos dois psicólogos, a universidade vai passar a ter o acompanhamento de mais dois, de um técnico de desporto e de um psiquiatra, não para dar consultas, mas para que possa fazer algum tipo de acompanhamento e a ligação às especializações do Serviço Nacional de Saúde.
“Este projeto vai-nos permitir não apenas reforçar o que já estamos a fazer, o que é muito importante, mas também ter intervenções diferentes e ter um foco especial na prevenção. Vai-nos permitir apostar em diferentes atividades, com diferentes propósitos”, explicou, à Lusa, a vice-reitora para a Qualidade, Responsabilidade Social e Ação Social.
A coordenadora do “AltaMente Saudáveis” sublinhou que aspetos como a pandemia, o isolamento social e a desconstrução dos estigmas associados à saúde mental justificam que mais gente da comunidade académica tenha procurado esta resposta, que já oferecia terapia, sessões de grupo e sessões de relaxamento.
Mas “o espírito do programa não visa apenas a psicoterapia, porque prevenir é melhor do que intervir”, frisou Amélia Augusto, motivo pelo qual a UBI vai formar alunos de todos os cursos e professores para serem “guardiões emocionais”, pessoas capazes de identificar e ajudar colegas que estejam a enfrentar dificuldades.
O programa prevê dar um impulso ao exercício físico, a estilos de vida saudáveis como forma de prevenção e à criação de espaços em que os estudantes das diferentes faculdades possam interagir.
“Uma boa parte da intervenção ao nível da prevenção passa pelo desporto como instrumento para melhorar esses momentos de interação social e de promoção de estilos de vida saudáveis”, revelou a vice-reitora da UBI.
Outra ferramenta a criar, da responsabilidade do pró-reitor do Digital, Pedro Inácio, com a colaboração do Departamento de Informática, é um recurso ‘online’ que a comunidade académica possa utilizar de forma autónoma, com conteúdos de autoajuda e outro tipo de conteúdos disponíveis.
“Acreditamos que são recursos com os quais eles lidam bem e que recebem melhor do que, por exemplo, a informação passada por via tradicional, como um folheto”, vincou Amélia Augusto.
A vice-reitora salientou que “o bem-estar dos estudantes é uma preocupação da reitoria” e acrescentou que “as questões de saúde mental fazem parte do bem-estar dos estudantes”.
A primeira reunião do projeto já se realizou e o “AltaMente Saudáveis” vai começar agora a ser implementado.
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