Segundo António Costa, a aposta passa por um plano de alojamento em residências escolares.
Durante um debate com professores e alunos da Universidade do Minho, por ocasião dos três anos de Governo, o primeiro-ministro foi confrontado com uma proposta de um estudante sobre a abolição das propinas.
O primeiro-ministro respondeu que a aposta deve ser centrada no reforço da ação social escolar.
"É bastante mais eficaz investir na ação social escolar e no alojamento", defendeu.
O chefe do executivo lembrou que atualmente já há mais 17 mil estudantes no ensino superior do que em 2015.
O ministro do Ensino Superior, Manuel Heitor, disse que está em curso um plano para a criação de 5000 novos alojamentos para estudantes universitários até 2021.
Fevereiro é a data final para conclusão da integração de precários no Ensino Superior
"Neste momento estão 60% dos casos resolvidos estando um plano em prática para ser terminado até fevereiro todo o programa de integração [nos estabelecimentos do Ensino Superior] e estou esperançado que em fevereiro possa haver um quadro estável", afirmou Manuel Heitor.
O ministro falava em Braga, num debate organizado pela Universidade do Minho com o Governo para assinalar os três anos da atual legislatura.
Questionado sobre a situação concreta da Universidade do Minho pelo próprio reitor, Rui Vieira de Castro, quanto ao programa de regularização de trabalhadores precários, situação na qual foram identificados cerca de 150 trabalhadores, o primeiro-ministro, que presidiu ao debate, defendeu que "da parte do Governo a posição é muito clara".
"Concluir o processo do PREVPAV é essencial para o futuro das instituições, para a saúde dos seus quadros (…), implica as pessoas terem uma perspetiva de vida, carreira e realização pessoal", disse.
António Costa salientou que o setor do Ensino Superior "tem várias particularidades" e que "tem sido mais difícil" concluir o processo por várias razões, referindo o facto "de haver um conjunto de carreiras específicas, docente ou investigação".
Segundo o líder do Governo, "a execução do PREVPAV não implica o aumento da despesa", mas "no caso das universidades não é bem assim porque parte da despesa era assegurada pela Fundação para a Ciência e tecnologia".
"Aqui colocaram-se dois problemas, saber se os bolseiros preenchiam as condições estatutárias para a carreira de docente ou investigação e outro problema era haver pessoas contratadas como bolseiros e financiadas pela FCT cujas atividades não deviam ser financiadas pela FCT, mas acomodadas como encargo das instituições", enumerou.
O reitor da Universidade do Minho falou ainda do aumento de encargos para a instituição que significa a entrada nos quadros daqueles trabalhadores, questionando se o Governo iria compensar a academia de alguma forma, sendo que Rui Viera de Castro ficou sem uma resposta concreta por parte do executivo.
Coube a Manuel Heitor dar números do que já foi feito, sendo que o ministro com a tutela do Ensino Superior optou por realçar os números do chamado emprego científico: "Hoje temos mais de cinco mil contratos já efetuados ou em vias de serem efetuados na área do emprego científico", assinalou.
(Notícia atualizada às 15:30)
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