“A Associação Académica da Universidade de Aveiro (AAUAv) não pode permanecer em silêncio e assume as suas responsabilidades na defesa dos estudantes, afirmando de forma muito clara que é permanentemente contra a cobrança obrigatória de dinheiros em atos de praxe”, declara em comunicado.
Segundo o comunicado, a cobrança aos caloiros foi a forma encontrada pelos responsáveis pela praxe para financiar as despesas de um encontro de líderes de praxe de várias universidades, que vai decorrer em Aveiro no próximo fim de semana, a que a AAUAv recusou dar apoio financeiro.
Aquela associação lembra no comunicado que os responsáveis pela praxe da academia assinaram, há dois anos, um memorando de entendimento onde se comprometeram a não realizar “peditórios, taxas, venda de bens ou contribuições monetárias em qualquer atividade de praxe no seio da universidade”.
Justificando a sua recusa em apoiar o encontro nacional dos responsáveis de praxe, a direção da Associação Académica refere que um relatório recentemente apresentado pelo Ministério da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior considera que deve ser impedido “o financiamento público de atividades de praxe académica, nomeadamente através do financiamento indireto que é atribuído a estruturas informais e não legitimadas de praxe por via das associações académicas e de estudantes”.
“Como consequência da indisponibilidade da direção da Associação Académica para financiar a iniciativa, os responsáveis da praxe decidiram obrigar os novos alunos a pagar as despesas, opondo-se fortemente a direção académica a este tipo de posicionamento”, conclui o comunicado.
Contactado pela Lusa, o “Mestre Salgado”, título dado ao responsável máximo pela praxe em Aveiro, remeteu esclarecimentos sobre o assunto para momento oportuno.
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