Assunção Cristas participou numa iniciativa do CDS “Ouvir Lisboa”, inaugurada antes das autárquicas de 2017, quando concorreu à câmara lisboeta, em que se discutiram os problemas da habitação durante quase três horas, na biblioteca do Palácio Galveias.
Como “ouvinte”, sentada na primeira fila da plateia, Cristas fez a pergunta sobre se não está na altura de fazer o debate da “construção e tipo de volumetria” para a cidade, mas acabou por dar uma resposta.
“Acho muito bem que não haja grandes edifícios nos centros históricos, mas não vejo problema ter prédios maiores em Alcântara ou Marvila ou em zonas que estão hoje desocupadas”, disse.
E questionou se o debate desta questão, que não vê acontecer em Lisboa, “não ajudaria a criar mais rapidamente uma oferta maior e um ajustamento dos preços”.
A resposta de dois dos convidados da iniciativa, o arquiteto João Reino e a economista Vera Gouveia Barros, foi afirmativa.
Além das duas áreas referidas por Assunção Cristas, João Reino juntou o Vale de Santo António e Alta de Lisboa, e Vera Gouveia Barros declarou que “se há procura” não vê “por que não se constrói”.
Carmona Rodrigues, ex-presidente da Câmara de Lisboa e mandatário de Cristas na corrida autárquica em 2017, respondeu que a discussão se deve fazer “sem preconceitos”.
De resto, ao longo de quase três horas, na Sala José Saramago, inaugurada em 2010 pelo então presidente da câmara António Costa, hoje primeiro-ministro, ouviram-se intervenções sobre os problemas da habitação e falta dela, tanto em Lisboa como no país.
Se Carmona Rodrigues criticou a extinção da EPUL - Empresa Pública de Urbanismo de Lisboa pela autarquia, na sua breve intervenção Cristas atacou o projeto na Feira Popular de Lisboa, que prevê habitação e escritórios de luxo.
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