"O balanço provisório é de cinco mortos. Estamos a atualizar os dados", anunciou no Telegram o comandante da administração militar de Kiev, Sergiy Popko. O último grande ataque contra Kiev tinha acontecido a 12 de junho.
A Rússia usou mísseis hipersónicos Kinzhal, uma das suas armas mais sofisticadas, segundo a força aérea ucraniana, citada pela Associated Press. Um Kinzhal voa a uma velocidade 10 vezes superior à do som, o que torna difícil a sua interceção.
Os edifícios da cidade tremeram com as explosões, sendo que a governação da cidade de Kiev informou que a queda de destroços, presumivelmente provenientes de mísseis intercetados pelas defesas antiaéreas instaladas na capital, ocorreu nos bairros de Solomianski, Dniprovski, Holosiivski e Shevchenkivski, provocando incêndios.
“Vizinhos de Kiev! Ataque de mísseis! As defesas aéreas foram ativadas na região. Mantenha o silêncio informativo. Pedimos para não gravarem ou publicarem o trabalho dos nossos defensores nas redes. Fiquem nos abrigos até ao final do alerta aéreo”, referiu a publicação do Telegram da Administração Militar de Kiev.
O chefe do gabinete presidencial da Ucrânia, Andrii Yermal, afirmou que o ataque ocorreu numa altura em que muitas pessoas se encontravam nas ruas da cidade. Já o presidente da câmara de Kiev, Vitali Klitschko, disse que pelo menos três pessoas ficaram feridas e ainda está a ser feito um balanço oficial das consequências do ataque.
Klitschko, contudo, adiantou que uma infraestrutura médica para crianças foi atingida e que foram enviadas equipas de socorro para tratar possíveis vítimas no distrito de Solomianski, na zona oeste da capital ucraniana.
O presidente ucraniano, Volodimir Zelensky, afirmou que as forças russas dispararam "mais de 40 mísseis" contra várias cidades do país, incluindo também Dnipro, Kryvyi Rih, Sloviansk e Kramatorsk.
Os ataques em Kryvyi Rih deixaram pelo menos 10 mortos e mais de 30 feridos, segundo o autarca da cidade.
Os bombardeamentos atingiram infraestruturas e um hospital pediátrico, anunciou Zelensky no Telegram. O presidente destacou que "todos os serviços foram mobilizados para salvar o maior número possível de pessoas".
"Atenção, a Força Aérea de longo alcance da Federação Russa voltou a lançar mísseis contra a Ucrânia", postou o Exército polaco na rede social X. A Polónia, um país que tem fronteira com a Ucrânia, apoia Kiev no conflito.
Estes ataques ocorreram na véspera de uma cimeira de três dias da NATO em Washington, que irá analisar a forma de garantir à Ucrânia o apoio da aliança e oferecer aos ucranianos a esperança de que o seu país possa ultrapassar o maior conflito na Europa desde a Segunda Guerra Mundial.
Entretanto, na região de Kharkiv, no nordeste do país, cenário de uma ofensiva russa desde 10 de maio, cinco civis morreram na explosão de uma mina numa estrada durante a passagem do seu veículo, informou o comandante do distrito militar, Oleg Synegoubov.
A explosão aconteceu "perto do cemitério número 17, numa estrada florestal não asfaltada, na direção da localidade de Tsyrkuny", ao norte de Kharkiv, escreveu o comandante no Telegram. As vítimas eram um homem de 53 anos, duas mulheres de 64 e 25 anos, uma criança de cinco anos e um bebé de três meses.
[Notícia atualizada às 10:34]
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